fbpx
Vitale 37

Sem descanso contra a fome

Com o inverno se aproximando, o Banco de Alimentos de Cruz Alta necessita de doações para continuar a luta contra a fome.
Ouça este conteúdo

ALARMANTE

De acordo com dados levantados pela Rede Penssan em 2022, cerca de 14,1% dos lares no Rio Grande do Sul sofrem com insegurança alimentar. Essa estatística fez com que o estado subisse no ranking da fome no Brasil, que também voltou a figurar no mapa da fome no último ano. Em âmbito nacional, 56 milhões de brasileiros enfrentam esse problema, sendo que 19 milhões estão em situação ainda mais severa.

Há 13 anos, o Banco de Alimentos de Cruz Alta tem se dedicado a amenizar um grande problema social: a fome.

A instituição atua como gerenciadora de arrecadação, recepção e distribuição de doações para as 26 entidades beneficentes cadastradas. Estas entidades repassam tanto os mantimentos diretamente para as famílias quanto os utilizam como ingredientes no preparo de refeições para mais de 480 famílias, o que corresponde a cerca de mil cruz-altenses que sofrem com essa situação.

Segundo Bianca Bussler, gerente do Banco de Alimentos, além das necessidades já existentes, a grande preocupação no momento é a chegada do inverno, devido às férias escolares que impactarão diretamente nos lares.

“Sabemos que, muitas vezes, a escola supre a carência com o lanche escolar. Quando essa criança acaba não indo para a escola, os pais tendem a ter mais gastos com alimentação. Na escola, os pais sabem que pelo menos uma refeição essa criança vai ter.”

Busca incansável

O Banco de Alimentos tenta levantar contribuições por meio de campanhas ao longo de todo o ano, mas, segundo Bianca, a principal fonte de recebimento são as doações realizadas no Sábado Solidário. “A única certeza que temos é o Sábado Solidário, que varia entre 1.800 a 2.000 kg por mês. Alguns meses a população também ajuda diretamente na sede e muitas empresas parceiras doam o que estamos mais necessitados naquele momento, mas isso não é algo que podemos contar todos os meses.”

Com o intuito de proporcionar algo além do básico às famílias durante as datas comemorativas, como na última Páscoa, a entidade realizou uma ação em parceria com um supermercado para arrecadar chocolates. Além disso, contam com o apoio de instituições, como a última Fenatrigo, na qual reservaram um dia para a arrecadação de doações.

Expectativa e realidade

A gerente ressaltou que, para conseguirem auxiliar as instituições e as famílias, seria preciso receber entre 3 e 5 toneladas por mês, mas as doações giram em torno de, no máximo, 3 toneladas.

“Quanto menor o estoque menor a cesta. Se tivermos um estoque bom no Banco essas cestas serão maiores. Para ficar na média de 7 a 8 kg por cesta precisaríamos de 4 toneladas por mês.”

Mesmo já enfrentando dificuldades para conseguirem montar cestas de 7 a 8 kg, Bianca conta que o ideal para a necessidade das famílias seriam cestas de 15 a 20 kg, assim teriam os mantimentos indispensáveis, mas a realidade acaba sendo outra.

Como doar

É possível ajudar pela internet no site do Banco de Alimentos do Rio Grande do Sul. Na aba, você faz o cadastro com e-mail e senha e seleciona os itens já disponíveis que gostaria de doar. Depois disso, é só ir para finalizar e realizar o pagamento.

Você também pode contribuir com os voluntários doando alimentos no Sábado Solidário e abraçar essa causa para amenizar os efeitos da fome e devolver a dignidade de quem precisa.

Banco de Alimentos Cruz Alta
Rua Brasília, 209 – Bonini I – Cruz Alta
Fone/Whats: 55 3303 6510

Adicione Comentário

Clique aqui para publicar um comentário