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Neurociência, o conhecimento por trás do verdadeiro aprendizado

A little girl learns notes in a playful way, with the help of special musical cards.
Quando há o verdadeiro aprendizado? Siga lendo para desvendar:

APRENDIZADO: fenômeno que produz o fortalecimento das conexões entre os neurônios mediante a criação de mais conexões entre eles, com o aumento da capacidade de se comunicar quimicamente. Descubra mais sobre o assunto com a neuropsicopedagoga – Renata Casali.

Mas será que todo estímulo, com intenção de ensinar, realmente provoca o aprendizado? Infelizmente, não.

Para que o aprendizado ocorra, um conjunto de fatores deve estar em sintonia. Quando estamos motivados seja pela curiosidade, emoção envolvida na atividade ou mesmo pela afetividade e vínculo emocional evocado pelo grupo de colegas, família, professores ou terapeutas, aprendemos de forma mais eficiente. A motivação para o aprendizado é como uma chave que aciona o cérebro para o que virá, e está intimamente relacionada com a atenção, uma habilidade determinante no processo de percepção de tudo que está ao nosso redor.

Quando não conseguimos envolver a criança no processo de ensino-aprendizado, ela não direciona a energia adequada para a atividade e suas habilidades atencionais – mesmo que em perfeito estado -, não focarão no alvo correto com a intensidade ideal e, assim, as informações podem se perder.

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A criança precisa perceber o valor daquilo que está sendo ensinado. Onde aquele conhecimento lhe será útil? Como aquela tarefa trará benefícios para o seu desempenho? Além disso, atividades de ensino que despertem emoções e liberem os neurotransmissores do prazer terão muito mais chance de fixar na memória em longo prazo e, por isso, serão lembradas para sempre – aprendidas de fato!

Quando falamos em práticas onde a criança assuma o papel de protagonista do seu aprendizado, nos referimos à forma contemporânea de ensino, onde o professor deixa de ser o detentor de todo o saber e os saberes de cada criança são valorizados e utilizados como pontes para contextualização de cada novo ensinamento.

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É preciso que todo contexto educacional esteja voltado para o esforço no aprender e isto invariavelmente envolverá o erro. Crianças que percebem o próprio erro e dos demais como uma incapacidade, tendem a não formular perguntas em sala de aula, por exemplo – uma estratégia negativa ao processo de aprendizado.

Todo profissional de educação tem a missão de planejar desafios que provoquem o erro, e a partir dele, gera-se a reflexão e o aprendizado. A orientação das famílias é fundamental para a construção destes aprendizes, curiosos e sedentos pelo conhecimento. Valorizando-os a cada momento de esforço e, ao mesmo tempo, tornando perceptível que não acertarão sempre e que é muito bom que seja assim.

Atividades de ensino que não despertem os diferentes sentidos e não provoquem a maior liberação dos neurotransmissores envolvidos no circuito de recompensa, especialmente a dopamina, possuem maior probabilidade de serem percebidas como monótonas, desmotivadoras e, por consequência, podem ser mais facilmente esquecidas.

Diante da dificuldade no aprendizado é fundamental mapear as habilidades precursoras para investigar as possíveis causas e planejar a estratégia de ensino mais eficiente levando em consideração o que desperta o interesse da criança.

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