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Ração para cachorros: como escolher e quanto servir?

Sad Pembroke Welsh Corgi lying on bowl full of dog food

Nós não te conhecemos, mas sabemos de uma coisa, a sua rotina está caótica. O tempo em que vivemos exige uma agenda cheia. Mesmo assim, a atenção para os nossos bichinhos de estimação nunca pode ser deixada de lado, existem inúmeras maneiras de nutrir os cãezinhos. Mas no nosso contexto, levando em conta os valores e a praticidade, a ração é, sem dúvidas, a melhor forma de alimentar o seu melhor amigo. Afinal, ela é pensada por profissionais para suprir as necessidades nutricionais dos cães.

Contudo, escolher a melhor ração para o seu cachorro se tornou uma missão quase impossível. Isso porque o mercado oferece uma infinidade de opções. Além disso, muitas vezes, a embalagem não é clara o suficiente nas informações ao consumidor e você pode ficar em dúvida na hora da compra. Diante disso, conversamos com a médica veterinária Maria Eliza Fauerharmel da Clínica Vitalvet para sanar todas as suas dúvidas sobre a alimentação do seu cãozinho.

A resposta sempre está no rótulo

OK! A ração é a melhor forma de nutrição, mas esse é só o início da conversa. Existem alguns fatores essenciais para atentar-se na hora de escolher e servir a ração. Por isso, de acordo com a profissional, é fundamental saber ler a embalagem por ordem de prioridade.

Como ler a embalagem na hora da escolha?

Maria Eliza explica:

Idade: Primeiramente, a fase de vida em que o animal está vai ditar quais são os nutrientes necessários para a sua sobrevivência. Se o animal é filhote, precisa comer ração de filhote porque está em formação. Diferente de um jovem-adulto que precisa de uma alimentação de manutenção nutritiva. No caso dos adultos maduros, uma suplementação já se torna necessária. Por fim, os animais na terceira idade já vão ter necessidades especiais, maior quantidade de carnitina e condroitina, por exemplo. Pois elas vão agir para impedir o animal de perder massa magra.

Porte: Existem algumas mudanças no critério da fase da vida. Eliza deixa claro que um animal de pequeno porte se torna adulto a partir de um ano, já um animal de grande porte pode ser considerado adulto a partir de um ano e meio.

Qualidade: Algumas categorias de ração que valem para todas as marcas de ração e são regulamentadas pelo MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento), são: Super-premium, Premium-especial, Premium, Ração comum e Ração de combate.

Eliza confirma que a mais recomendada é a ração Super-premium, visto que existe uma diferença entre alimentar e nutrir, rações de categorias elevadas têm ingredientes superiores. Normalmente quanto maior a qualidade do alimento, maior é a quantidade de proteína animal encontrada. Como os cães são predominantemente carnívoros, esses ingredientes são muito relevantes para a dieta. Portanto, vale conferir o seu orçamento e comprar a ração de maior qualidade possível.

Sabor: Este é o fator menos impactante na hora da escolha, depende apenas da preferência do cachorro. Muitas das vezes o bicho nem vai perceber grandes diferenças.

Como ler a embalagem na hora de servir?

Eliza explica que atentar-se na quantidade de ração oferecida para o animal é um cuidado crucial:

A obesidade impacta na vida do cão, a capa de gordura age como um corpo estranho e tem ação inflamatória no organismo, pode causar doenças articulares, cardíacas, prejudicar a locomoção, entre outros malefícios”, afirma.

Por isso, segue explicando que muitas embalagens já indicam a quantidade necessária de ração conforme o nível de atividade física, se o gasto enérgico for muito, mais alimento deve ser ofertado e vice versa. Da mesma forma as marcas indicam a quantidade necessária com base na qualidade da comida. Uma ração super-premium, por exemplo, rende mais do que uma ração comum, pois pode-se oferecer menos ração para suprir as necessidades nutricionais.

ATENÇÃO: Eliza ressalta que depois do processo de castração, o metabolismo basal dos cães diminui em cerca de 30% e a quantidade de ração deve ser diminuída na mesma proporção:

“a maior parte dos cães obesos que chegam na clínica passaram pelo processo de castração, as pessoas não têm essa informação, por isso continuam alimentando o animal da mesma forma”, alega.

Como perceber se o meu cão está se alimentando bem?

A veterinária destaca que os sinais físicos de que um cão não está se alimentando bem são visíveis. O animal que come uma ração de qualidade tem pelo brilhoso sem presença de seborreia no pelo e um escore corporal adequado. Ou seja, quando o cachorro apresenta equilíbrio entre a cabeça e as outras partes do corpo, um formato de ampulheta quando olhado de cima e não exibe camadas de gordura. Ao contrário, o cachorro que se alimenta inadequadamente também terá dificuldades para caminhar e serão identificadas mucosas de cor rosa pálida. Outro aspecto importante são as fezes. Rações ruins têm uma conversão de nutrientes menor, logo, produzem mais fezes, mais molhadas e com mais cheiro. Muitas rações superiores, ainda contém um produto inibidor de odor derivado de uma alga.”

Armazenamento da ração

Acerca do armazenamento Eliza orienta, primeiramente, que a ração em hipótese alguma deve sobrar no pote, dado que, depois de um período ao ar livre, a ração fica menos apetitosa e muitas vezes terá que ir fora, pois o cachorro não comerá. Dessa forma, é importante fracionar as doses ao longo do dia seguindo as recomendações da embalagem ou de um veterinário. Após considerado isso, o ideal é armazenar na própria embalagem, fora do alcance de luz e de umidade.

Ração específica

Por fim, Eliza ainda comenta sobre rações específicas para tratamentos terapêuticos, que um veterinário deve indicar, assim como aquelas exclusivamente para cadelas em período de gestação.

Muita coisa né? Mas agora que você já sabe todos os fatores que deve considerar na hora de alimentar o seu melhor amigo, essa tarefa vai ficar muito mais fácil, e o seu bichinho terá uma qualidade de vida muito maior. Seu cão merece ser nutrido, não apenas alimentado.

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