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Medicina Vitale

Toxoplasmose: Tudo o que você precisa saber

A Dra. Paula Rubin Facco Librelotto explica as causas, os sintomas, o diagnóstico, o tratamento e a rota de transmissão do vírus causador da toxoplasmose, confira:

A toxoplasmose e uma doença parasitária causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Conhecida como a “Doença do gato”, por ter os felídeos como hospedeiros definitivos, enquanto que as outras espécies de mamíferos e aves funcionam como hospedeiros intermediários, ela pode ser assintomática. Ou seja, se o sistema imunológico estiver fortalecido, o parasita permanece no corpo do portador sem que ele perceba que foi infectado.

Talvez você não saiba, mas no Sul do país seis a cada dez pessoas já contraíram a doença e nem descobriram. Isso em virtude de a Toxoplasmose, na maioria das pessoas, não apresentar sintomas nem gera complicações.

Causas ou transmissão

50% das infecções humanas se dão devido ao consumo de carne contaminada. Ademais, surtos envolvendo contaminação ambiental também estão entre os principais fatores. Como a contaminação de fonte de água, criadouro de animais, área agrícola ou mercado de alimentos.

Entenda pela Rota de Transmissão:

Ela ainda pode ser transmitida pela mãe para o feto durante a gestação. Ou ainda em raros os casos por transfusão de sangue, no caso do doador estar infectado.  Sobretudo, vale lembrar que a toxoplasmose não é contagiosa.

Sintomas

Raramente quando há sintomas os principais são: febre, dores no corpo e na cabeça, aumento dos linfonodos, lesões oculares, hepatoesplenomegalia, plaquetopenia e leucocitose.

Diagnóstico

O diagnóstico, em síntese, se dá por exame de sangue através do rastreamento sorológico. Além disso, leva em conta a avaliação clínica de um médico especialista. Desse modo, nos casos de confirmação é importante o médico avaliar os hábitos, sintomas, as moléstias e os medicamentos que o paciente usa.

GESTANTES, um alerta sobre Toxoplasmose congênita:

Como você já percebeu, ela é comum, porém não banal. Posto que em gestantes compromete o desenvolvimento do feto e em pessoas com as defesas imunológicas diminuídas (transplantados e portadores de AIDS) pode até levar ao óbito.


 

Colírio na gravidez pode afetar o bebê

Atenção gravidinhas de plantão: esse alerta precisa ser lido até o fim.


Nesse sentido, o risco de infecção fetal e a gravidade se relacionam a idade gestacional da infecção materna. No início da gravidez pode levar ao aborto, no meio gerar sequelas permanentes no bebê (retardo mental, alteração ocular e no desenvolvimento psicomotor). Apesar de, a maioria dos recém-nascidos não tem sintomas ao nascimento, as sequelas são tardias, sendo a retinocoroidite a mais comum em até 70% dos infectados.

Tratamento

Ainda que tratamento para casos agudos é controverso, há um consenso para tratar gestantes, recém-nascidos, portadores de lesões oftalmológicas e imunodeprimidos. Contudo, o tratamento leva em considerações vários fatores, inclusive a ausência ou não de sintomas. Por isso é primordial a análise de um médico especialista para definir se é necessário o tratamento e qual.

Você ama gatos? E agora?

Antes de mais nada: você não precisa evitar o seu gatinho. O toxoplasma é adquirido pela alimentação, não pelo contato com o gato e seu pelo. Quando há surto, muita gente se desfaz do animal pela desinformação, não é preciso. 

Além disso, a ingestão de carne, verduras, legumes e frutas são os maiores culpados pela doença nas pessoas.

Mas, se mesmo assim, você quer se sentir mais seguro, hoje em dia existe um exame simples de sorologia para saber se seu animal de estimação está infectado.

Dá sim para evitar, anote aí:

– Não consuma água e alimentos de origem desconhecida;

– Coma carnes bem cozidas (nunca mal passadas, cruas ou embutidos frescos);

– Beba somente água tratada, filtrada ou fervida;

– Prefira leite pasteurizado ou fervido;

– Lave bem as mãos após manusear carnes cruas;

– Frutas, verduras e legumes devem ser higienizados antes do consumo;

– Lave bem as mãos antes das refeições;

– Alimente os gatos apenas com ração;

– Evite o contato com fezes de gato e se isso ocorrer lave bem as mãos;

– Gestantes não devem fazer limpeza dos dejetos felinos;

– Limpe a caixa de areia do gato diariamente com luvas e pazinha (depois coloque-a no sol).

Vale ressaltar que NÃO há vacina para prevenir.

Para saber mais ou marcar sua consulta entre em contato com:

Dra. Paula Rubin Facco Librelotto

Infectologista | CRM/RS 33.683

R. Barão do Rio Branco, 120 – Sala 106
Policlínica do Hospital Santa Lúcia
55 3324 5886

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