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Medicina

Entendendo o colesterol e suas implicações nas doenças do coração

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Sintoma de “colesterol ruim” alto é muito comum

As doenças cardiovasculares associadas ao colesterol alto estão entre as principais causas de mortes no mundo. Todos os anos, cerca de 360 mil brasileiros morrem em decorrência desse problema.

O colesterol faz parte do grupo dos álcoois, tem textura e aparência gordurosa e, apesar de sua fama ruim é essencial para o bom funcionamento do organismo. Ele está presente na estrutura das células, na produção das membranas celulares, em alguns hormônios e vitaminas. Além de formar ácidos biliares que atuam na digestão.

Nesse sentido, conversamos com o médico cardiologista Dr. Rivelino Bertollo Jr e como afirma ele, é responsável por três finalidades:

“As principais funções do colesterol são compor a membrana das células e produzir hormônios como estrogênio, testosterona, cortisol e vitaminas”, conta.

No entanto, quando os níveis se elevam de maneira descontrolada, podem surgir sérios riscos para a saúde cardiovascular, aumentando a probabilidade de desenvolver doenças do coração.

Colesterol bom X colesterol ruim

Como cita o médico, para transportar o colesterol o nosso corpo faz uso de lipoproteínas.

“As que costumamos dosar no sangue e que tem mais utilidade na prática clínica são: HDL, também chamado de “colesterol bom” e LDL, o chamado de “colesterol ruim”, acrescenta.

O LDL é preocupante pois quando seus níveis estão elevados, pode haver acúmulo nas paredes das artérias. Isto leva à formação de placas ateroscleróticas. Dessa forma, dificulta o fluxo de sangue e pode levar a problemas no coração e até no cérebro.

Por outro lado, o HDL ajuda a remover o excesso de colesterol das artérias, prevenindo o acúmulo prejudicial.

Riscos e controle

Ficar de olho nos níveis de colesterol é essencial para viver melhor. Portanto, o aumento do LDL está fortemente associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como cita o médico.

“O colesterol é um dos fatores que contribui para a formação de placas de gorduras dentro das artérias. Aquelas que “entopem” os vasos sanguíneos, podendo levar a um infarto ou um AVC”, ressalta.

Ainda, as placas acumuladas nas artérias podem restringir o fluxo sanguíneo. Dessa forma, comprometendo a oxigenação e nutrientes que chegam ao coração e ao cérebro.

“Colesterol ruim” alto dá sintomas?

Como explica o médico, por si só, o colesterol elevado não traz nenhum sintoma na maioria das vezes. Porém, o que ocorre são sinais de depósito de gordura em algumas pessoas.

“Sinais como os xantelasmas (ocorre logo abaixo da superfície da pele, especialmente ao redor dos olhos) podem surgir. Em outros, se a pessoa não descobrir em exames de rotina, poderá descobrir apenas depois de já ter uma complicação, como o infarto”, conta.

Como descobrir, tratar e prevenir

Para saber como anda a saúde do seu colesterol é bem simples: em um simples exame de sangue para dosagem do perfil já é possível saber.

“Entretanto, a interpretação para saber se você precisa ou não de remédio envolve uma avaliação de você como um todo e não apenas o número do resultado do exame”, ressalta o cardiologista.

Segundo ele, a indicação do remédio não é apenas para baixar os números no exame e sim para reduzir o risco cardiovascular, ou seja, diminuir as chances de ter um infarto ou AVC.

“Para avaliar o risco cardiovascular, levamos em conta outras coisas também, como pressão alta, diabetes, cigarro e idade”, complementa.

Contudo, Dr. Rivelino ainda explica que quem tem um risco cardiovascular aumentado, já tem placas de gorduras identificadas em exames ou um nível de LDL muito alto no sangue, vai precisar de remédio.

“Há quem faça tudo certinho e ainda precise de remédio, isso em geral acontece porque o metabolismo do colesterol no fígado daquela pessoa é alterado, ou por questões genéticas”, acrescentou.

Medidas de prevenção

Por sorte, existem medidas que podemos adotar para manter nosso colesterol em níveis saudáveis e proteger nosso coração e como ressalta o Dr. Rivelino, o essencial é ter bons hábitos.

“Alimentação saudável, prática de exercícios físicos e um sono adequado ajudam a reduzir o LDL e a aumentar o HDL”.

Veja como consumir as gorduras certas

Por fim, cuidar do nosso coração através de uma dieta balanceada, exercícios regulares e acompanhamento médico pode fazer a diferença na prevenção de problemas cardiovasculares e na promoção de uma vida longa e saudável.