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O assunto é sexo. Tirem as crianças da sala!

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O que fazer quando o assunto é sexo e as crianças estão por perto? Ou ainda: o que fazer quando eles querem saber sobre esse assunto?

O assunto é sexo e agora?

A sexualidade é um tema que gera muitas dúvidas entre as famílias. Não é incomum os adultos fugirem dele quando os filhos começam a fazer perguntas a respeito. E não existe uma regra para abordar o tema com eles, sejam crianças ou adolescentes. Entretanto alguns cuidados podem ser tomados quando eles despertam sua curiosidade.

Primeiro passo quando o assunto é sexo

Primeiramente, o tema deve ser tratado com naturalidade entre os adultos, os pais. As crianças começam a ter curiosidade sobre sexualidade desde o momento que iniciam a descoberta das diferenças de gênero, corpo, nomes dos órgãos genitais. O nosso corpo é formado de muitas partes, falamos com naturalidade sobre o nariz, os olhos, as pernas e braços, mas para os genitais inventamos apelidos. O nome deles é pênis e vagina. E só. Já é um bom começo nomear corretamente.

É muito importante que os pais respondam às perguntas dos seus filhos usando nomes corretos e sem mentir. Sem inventar histórias de cegonhas ou afins. As crianças, muito novas ainda, tocam seus genitais e sentem conforto com isso, isso é um aspecto normal do desenvolvimento da sexualidade. Os pais costumam se apavorar com estas manifestações, mas precisamos entender que a sexualidade humana apresenta-se desde o nascimento até a morte, é nossa pulsão de vida, é uma das expressões do prazer e deve ser bem orientada.

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E quando as crianças fazem a famosa pergunta: “como eu nasci?”?

Esse é um bom momento de ser honesto e ir respondendo aos questionamentos conforme a criança vai perguntando. Respostas não muito extensas, mas verdadeiras aliviam a curiosidade das crianças e elas se preparam para a próxima curiosidade. Dar longos discursos pode confundir as crianças. Desde este momento, o tema do afeto também pode ser introduzido como um dos componentes da sexualidade, pois é frequente que os filhos vejam os pais trocarem carícias, demostrarem afeto.

Contudo, não convém que participem da intimidade sexual do casal, isso é um cuidado que deve ser tomado para preservar a intimidade dos adultos e não trazer desconforto às crianças.

Quando os pais estão dispostos a dar respostas aos seus filhos, isso fortalece o vínculo, transmite segurança. E assim eles sabem que podem sanar suas dúvidas com os pais sem serem censurados. Outra possibilidade seria o filho aprender com amigos, o que poderia trazer respostas equivocadas.

Chegou a adolescência e assunto é sexo!

Mais tarde, na adolescência, é importante falar abertamente sobre a sexualidade e sobre os tabus que por ela circulam, como virgindade, homossexualidade, o ficar, o transar, o namoro, o afeto, masturbação, doenças e gravidez.

Quando a sexualidade não é um tema proibido na família, naturalmente os filhos se sentirão confortáveis a fazer perguntas. Penso que o grande drama não é a curiosidade deles, mas a saia justa que os pais sentem.

Para cada fase da vida dos filhos usamos uma linguagem adequada ao seu entendimento, nem muito técnica, nem vulgar e nem fantasiosa.

Atualmente, a facilidade de se obter informações pela mídia e por todos os meios de comunicação pode trazer respostas aos filhos, mas não os valores que só a família pode dar.

O mais importante é entendermos que não existe apenas uma resposta correta para os questionamentos deles, mas sim o entendimento de que seu filho necessita receber respostas coerentes e que lhe servirão para sua formação adulta, sem sustos, sem medos e sem preconceitos.

E quanto aos pais?

Também é essencial sabermos, enquanto adultos responsáveis pela formação dos filhos, que nossas dificuldades com o tema da sexualidade precisam ser sanadas para que possamos transmitir essas informações.

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Estamos falando sobre como falar de sexualidade com os filhos, mas acabamos percebendo que quando lidamos de maneira natural com nossa própria história sexual, com nossos aprendizados e crenças, esse assunto deixa de ser um fantasma.

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Em tempo, quando as famílias buscam orientação para falar e conhecer as formas de lidar com suas dificuldades, na orientação dos filhos, a ajuda de uma terapia familiar é sempre bem vinda, alivia a ansiedade e prepara para o futuro.

Viviana Martini Dias, Psicóloga, Sexóloga, Terapeuta de Casais e Famílias.

CRP 07/09326