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Estou em trabalho de parto. E agora?

estourou a bolsa

estourou a bolsaVocê levanta da cama e lá vem aquele aguaceiro, perna abaixo. Ou então, sente a barriga contrair, em intervalos cada vez menores. Atenção, esses são os sinais do início do trabalho de parto. Saiba o que fazer. É claro, não ocorre com todas as grávidas essas situações, algumas sabem que a chegada do bebê se aproxima até 15 dias antes. Segundo o Obstetra Dr. João Pedro Calçada “pode ser através de outros alertas como o da perda do tampão mucuso, um muco consistente, amarelado, que pode vir com um pouco de sangue e veda a comunicação entre o meio externo e o útero, barrando bactérias”. Se isso ocorrer, avise o obstetra.

Lá vem ela, a dor
A partir da 36ª ou 37ª semana, já se prepare para as contrações, que são recorrentes durante dias ou semanas. É bom avisar o obstetra desde o início. Elas devem começar com um intervalo de três horas, mas ainda não é trabalho de parto real – ele só é considerado efetivo quando acontece cerca de três contrações a cada dez minutos ou tem uma dilatação de três centímetros. Ou seja, quando o tempo entre uma e outra for de três a cinco minutos, é hora de ir para a maternidade. Essas contrações diferem das de treinamento por serem ritmadas e dolorosas – o desconforto se assemelha ao de uma cólica renal ou uma dor de barriga forte, que começa nas costas e termina na frente. Cada uma dura de 30 a 40 segundos.

Agora é a vez da dilatação
As contrações são as responsáveis pela dilatação, mas pode acontecer de a barriga contrair sem a gestante sentir dor e, portanto, não perceber. No trabalho de parto, espera-se que ela evolua 1 cm por hora, até chegar a 10.

Keep calm
Não é necessário sair voando as tranças, salvo em caso de sangramento ou falta de movimentação do bebê por mais de duas horas. Enquanto as famosas contrações estão espaçadas, a mulher pode tomar banho, comer, movimentar-se e até dormir. Ela só não deve caminhar sozinha, pois pode cair durante uma contração, por conta da dor.

E a bolsa?
Em sua grande maioria dos casos, ela estoura depois das contrações e da dilatação começarem. Quando isso ocorre, um líquido quente, em grande volume (de 700 a 1.000 ml), escorre pelas pernas. Algumas pessoas comparam seu odor ao de água sanitária. “A partir daí, as contrações tendem a se intensificar, porém, nos partos prematuros, ela pode se romper antes das contrações. É bom saber que nem sempre ela sofre ruptura, cabendo ao médico rompê-la”, enfatiza o obstetra.

Tem que passar na avaliação
São aferidos os batimentos cardíacos da gestante, a marcação das contrações e o exame de toque para checar a dilatação (que se repete conforme o parto se aproxima).

No exame também
Cardiotocografia e ultrassom são exames que ajudam o médico a verificar o bem-estar do feto no trabalho de parto, quando julgar necessário.

Na espera
O local em que a gestante aguarda até o momento do nascimento também varia. Ela pode ficar em um quarto pré-parto (às vezes, com chuveiro e banheira) para, na hora H, ser encaminhada ao centro obstétrico. Há apartamentos que já têm os equipamentos para que o bebê nasça ali mesmo. Ou a mulher espera em uma espécie de enfermaria, uma sala com diversas camas. O trabalho de parto leva, em média, de dez a 15 horas.

The end
Na maioria das vezes, a placenta é eliminada entre dez e 15 minutos após o parto. Se isso não acontecer em até 20 minutos, o médico deverá retirá-la. Caso a mulher seja submetida a uma cesárea, precisará ficar em uma sala de recuperação até passar o efeito da anestesia. O ideal é que o bebê seja colocado em contato pele a pele com a mãe e que o aleitamento aconteça na primeira hora de vida. Agora é só aproveitar a delícia de ter o filho em mãos.