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Medicina Vitale

Uma excelente notícia na busca por novos antibióticos

Uma excelente notícia na busca por novos antibióticos

Uma excelente notícia na busca por novos antibióticosDepois de uma longa espera! Uma excelente notícia na busca por novos antibióticos, uma área carente de grandes novidades há pelo menos 25 anos. Sim, mais de duas décadas sem uma nova classe. As pequenas novidades ao longo dessas anos são em relação à toxicidade e algum outro detalhe na estrutura, visando, principalmente, o bem-estar do paciente.

A notícia da descoberta é especialmente importante porque, apesar de novos antibióticos não terem sido encontrados nas últimas décadas, as bactérias evoluíram fenomenalmente em resistência, dando origem às chamadas “superbactérias”, capazes de sobreviver a quase todas as drogas existentes.

Por causa disso, doenças consideradas facilmente tratáveis voltaram a causar grande preocupação e a matar milhares de pessoas.

Cientistas descobriram, nos Estados Unidos, uma substância capaz de combater infecções que acometem centenas de milhares de pessoas todos os anos. Chamada Teixobactina, a droga ainda não foi testada em humanos, mas curou todos os camundongos infectados que a receberam durante os experimentos e investigações. A bactéria utilizada como medida de controle no experimento costuma matar 90% dos animais. Segundo o artigo, publicada na Nature, o antibiótico deve ser usado da forma mais ampla possível, caso chegue ao estágio final de desenvolvimento, por ser “excepcionalmente bem protegido contra o desenvolvimento de resistência” das bactérias. Isso acontece, segundo os pesquisadores, porque a Teixobactina ataca diversas áreas vitais do alvo/bactéria, como as paredes celulares, minimizando sua capacidade de resistir.

Um dos fatores que complicam a busca por novos antibióticos é que eles podem ser encontrados nos lugares mais improváveis da natureza. Isso leva pesquisadores a verdadeiras caçadas microscópicas pelo mundo. Agora, segundo os pesquisadores, deve levar alguns anos até a Teixobactina estar realmente pronta para chegar ao mercado. E por mais animadora que a notícia seja ainda temos um longo caminho a percorrer sem essa nova “arma” no controle de infecções.

Litiérri Razia – Mestre em Ciências Farmacêuticas