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Medicina Vitale

Tireoide e insônia, entenda a relação

Leia com atenção e evite certos exageros:

Você provavelmente não sabe, mas problemas como a insônia, cansaço extremo e inchaço podem ser sintomas do mau funcionamento da glândula tireoide. Hipertireoidismo e o hipotireoidismo, apesar de pouco falados são muito mais comuns do que se imagina. Em formato de borboleta e localizada na base do pescoço, logo abaixo da cartilagem tireoide (conhecida como pomo-de-adão), a tireoide está presente em todas as pessoas.

PALAVRA DA ESPECIALISTA

Segundo a Dra Juliana S. de Almeida, médica endocrinologista, esta glândula tem a função de produzir hormônios que são essenciais para o desenvolvimento do sistema nervoso e crescimento das crianças, além de controlar as atividades metabólicas nos adultos. Doenças da tireoide podem ocasionar vários sintomas, inclusive o estresse, e, por isso, é comum que as pessoas suspeitem de outras doenças, demorando a descobrir a verdadeira causa do problema.

Doenças da glândula

A médica enfatiza que as doenças dessa glândula são comuns em torno de 10% das mulheres de até 40 anos e em torno de 20% após os 60 anos. Os homens, embora em menor índice, não estão livres dos problemas desta glândula. Quando a tireoide produz hormônios em excesso, chamamos de hipertireoidismo. Quando funciona pouco ou quando é removida cirurgicamente, acontece o hipotireoidismo. “Nessas duas situações, o volume da glândula pode aumentar o que conhecemos por bócio.

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A falta de hormônios tireoidianos, o hipotireoidismo, diminui o nosso metabolismo e pode causar fraqueza, cansaço, intolerância ao frio, aumento discreto de peso, pele seca, unhas fracas, prisão de ventre, entre outros. Já o excesso de hormônios, o hipertireoidismo, pode provocar irritabilidade, ansiedade, insônia, excesso de suor, intolerância ao calor, aceleração do coração, aumento da pressão, perda de peso, tremores nas mãos, etc”, explica. Essas duas doenças se diagnosticadas e tratadas precocemente apresentam uma bons resultados ao paciente.

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Conforme Dra Juliana, embora não haja restrição alimentar ao paciente, é importante que ele mantenha o equilíbrio em sua dieta, pois isso é importante para a manutenção da saúde. “Isso se aplica tanto a quem tem hipotireoidismo como o hipertireoidismo”, diz.

CUIDADO MAIOR

Cuide com a ingestão de sal, que não deve ser exagerada. Isso porque o excesso de iodo pode piorar um distúrbio tireoidiano. Alimentos com isoflavonas, como: repolho, nabo, soja e couve, também devem ser consumidos com moderação, pois alguns estudos mostram discreto aumento de bócio (volume da glândula), podendo levar a um distúrbio da tireoide.

Juliana S. de Almeida, médica endocrinologista, formação no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione, Rio de Janeiro, RJ.