Estudo da Vacina da Pfizer contra a covid-19 foi realizado com 1,2 milhão de pessoas em Israel
O primeiro grande estudo da vacina Pfizer/ BioNTech a ser analisado de forma independente no “mundo real” mostra que o imunizante é altamente eficaz na prevenção da Covid-19.
A vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 é capaz de reduzir os casos sintomáticos de covid-19 em 94% uma semana depois da aplicação da 2ª dose. O teste clínico em grande escala realizado em Israel pela imunização acelerada de seus 9,2 milhões de habitantes (27% dos quais já receberam as duas doses) começa a mostrar resultados. Um estudo do instituto de pesquisa da associação de saúde Clalit, a maior do sistema de saúde israelense, com 1,2 milhão de seus afiliados, constata a eficácia da proteção registrada entre os 600.000 imunizados em comparação com a outra metade não vacinada do grupo de controle.
O imunizante também diminui em 92% o risco de desenvolver um caso grave da doença e em 87% as hospitalizações.
A pesquisa em Israel – que já imunizou quase 50% da população, fornecendo uma rica fonte de dados – mostrou a injeção da Pfizer reduzindo os casos sintomáticos de Covid-19 em 94% em todas as faixas etárias, uma semana após a aplicação da segunda dose.
Os resultados foram publicados nessa 4ª feira (24/02/2021) no The New England Journal of Medicine.
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A pesquisa foi conduzida pelo Clalit Research Institute em parceria com especialistas da universidade de Harvard e do Boston Children’s Hospital. Ela ainda mostrou que uma única dose da vacina tem 57% de eficácia depois de duas semanas da aplicação.
Até o momento, os dados de eficácia do imunizante haviam sido obtido em ensaios clínicos –feito com menos pessoas e em condições controladas.
A última fase de testes da vacina da Pfizer/BioNTech, por exemplo, foi feita com 43.000 participantes. Esse é o 1º estudo que mostra o efeito dessa vacina no “mundo real”.
A pesquisa foi realizada de 20 de dezembro, quando Israel começou a vacinar a sua população, até 1º de fevereiro. Incluiu aproximadamente 1,2 milhão de pessoas com mais de 16 anos, das quais 596.618 já haviam sido vacinadas com as duas doses. Um número equivalente de participantes não imunizados fez parte do grupo de controle.
Cerca de 22.000 vacinados tinham mais de 80 anos. O estudo não encontrou nenhuma queda na eficácia da vacina entre os idosos.
Israel registrou, no período analisado, uma alta nos casos de infecção pelas novas variantes do coronavírus, em especial a britânica. Segundo os pesquisadores, a vacina da Pfizer/BioNtech mostrou “eficácia média” contra as novas cepas. Eles, no entanto, afirmaram que não podem “fornecer uma estimativa de eficácia específica”.
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O resultado apresentado no novo estudo é semelhante ao obtido na última fase de ensaio clínico do imunizante da Pfizer/BioNTech. Segundo as empresas, a vacina apresentou 95% de eficácia.
Israel tem uma das campanhas de imunização mais eficazes do mundo. Mais da metade dos quase 9 milhões de habitantes do país receberam a 1ª dose. E mais de 1/3 já foi vacinado com as duas doses da vacina.
“Ficamos surpresos porque esperávamos que no cenário do mundo real, onde a cadeia de frio não é mantida perfeitamente e a população é mais velha e mais doente, você não obteria resultados tão bons quanto nos ensaios clínicos controlados”, disse Ran Balicer, autor do estudo, à Reuters. “Mas nós fizemos e a vacina funcionou bem no mundo real.”
“Demonstramos que a vacina é tão eficaz em subgrupos muito diferentes, em jovens e idosos, sem comorbidades e com poucas comorbidades”, acrescentou.
O estudo também sugere que a vacina, desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer e pela BioNTech da Alemanha, é eficaz contra a variante do coronavírus identificada pela primeira vez no Reino Unido. Os pesquisadores disseram ainda que não podiam fornecer um nível específico de eficácia. Todavia a variante era a versão dominante do vírus em Israel na época do estudo.
A pesquisa, porém, não lançou luz sobre como a vacina da Pfizer se sairá contra outras variantes, como a agora dominante na África do Sul, que mostrou reduzir a eficácia de outras vacinas.
Fonte e dados extraídos de EL PAÍS e CNN Brasil.
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