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Tô dodói e Agora Vovó?

O remédio de mentirinha que funciona

É possível melhorar apenas com o poder da mente? Sem medicação específica?

É possível melhorar apenas com o poder da mente? Sem medicação específica? Com o efeito placebo sim. Ele é um dos fenômenos mais estranhos e menos compreendidos da fisiologia e psicologia humanas. É difícil alguém que não tenha se “medicado” com o placebo, após o ingerir, o paciente se cura, simplesmente por acreditar estar sendo curado, sem ingerir um remédio específico ao problema.

É praticamente um engano ao problema de saúde e uma crença a fim de fazer curar a doença. Parece estranho, mas funciona. O site Hypescience separou alguns aspectos que até mesmo cientistas e médicos não conseguem explicar, e a Vovó está por dentro para ajudar a curar qualquer dodói.

Efeito placebo também ocorre entre cães e outros animais

Placebos mudam a interpretação da dor no cérebro. Empresas farmacêuticas empregam os testes duplos e cegos em animais, como para humanos. Em um estudo em particular, cães com epilepsia receberam ou uma medicação, ou um placebo. O grupo do placebo reagiu de forma extremamente positiva.

Embriaguez placebo

A verdade é que podemos simplesmente enganar-nos a pensar que estamos bêbados, sem ingerir álcool. Pesquisas já descobriram que aqueles que acreditam ter bebido álcool (mesmo que a bebida fosse não alcoólica) se sentem bêbados e têm realmente o julgamento prejudicado. Ou seja, se saem pior em testes simples e seu QI torna-se menor, como se estivessem realmente embriagados.

Onde você mora afeta o efeito placebo

Fatores culturais influenciam fortemente a maneira pela qual o efeito placebo se manifesta. Drogas de placebo utilizadas em um estudo para o tratamento de úlceras funcionaram muito melhor na Alemanha do que no Brasil. Um teste de drogas para hipertensão foi o menos reativo para as pílulas de placebo na Alemanha. Portanto, o efeito placebo se transforma quando atravessa fronteiras.

Placebo ainda funciona mesmo que você saiba que é placebo

Toda a premissa do efeito placebo é que os pacientes acreditam que estão recebendo medicamento verdadeiro e são curados. Mas, mesmo quando os pacientes descobrem que estão recebendo uma droga falsa, ela ainda funciona de forma eficaz. Em testes nos quais os doentes recebem medicamentos simulados, eles são eventualmente informados de que tomaram placebo. Depois de saber disso, cientistas esperam que os benefícios positivos do remédio diminuam ou pelo menos enfraqueçam nos pacientes. Pelo contrário, os efeitos positivos permanecem e muitos querem continuar a tomar a droga.

É possível derivar efeito placebo através de infecções falsas de doenças não relacionadas

Um grupo de médicos queria ver se as pessoas que sofriam de asma que fossem infectadas com amarelão iriam sentir alívio nos seus sintomas. Eles dividiram o grupo de doentes asmáticos em dois, infectaram um com ancilóstomo, e fizeram o segundo pensar que também tinha sido infectado. O grupo que tinha realmente sido infectado viu uma melhora. O segundo grupo, incrivelmente, também. Isso demonstrou que as melhorias de ambos os grupos foram resultado do efeito placebo.

Placebo tem um gêmeo malvado chamado de “nocebo”

Assim como as expectativas sobre a eficácia de uma droga podem influenciar a nossa reação a um placebo, uma expectativa de efeitos colaterais pode levar-nos a experimentá-los também. Isso tem se manifestado em uma infinidade de formas, às vezes extremas, e ficou conhecido como “nocebo”. Um estudo notável documentou os efeitos do nocebo na Itália, onde pessoas com ou sem intolerância à lactose tomaram o que pensaram ser lactose (não era). 44% das pessoas com intolerância e 26% sem intolerância desenvolveram sintomas de desconforto gastrointestinal. Em outro estudo, um paciente participando de um teste para medicação antidepressiva engoliu 26 pílulas de placebo em uma tentativa de suicídio. Mesmo sendo completamente inofensivas, sua pressão arterial de alguma forma caiu perigosamente.

Cor e tamanho afetam o efeito placebo

Pesquisadores descobriram que pílulas de placebo amarelas são as mais eficazes no tratamento da depressão, enquanto pílulas vermelhas levam o paciente a ficar mais alerta e acordado. Comprimidos verdes ajudam a aliviar a ansiedade, enquanto pílulas brancas aliviam problemas estomacais, como úlceras. Quanto mais pílulas de placebo as pessoas tomam, melhor, com as tomadas quatro vezes por dia sendo mais eficazes do que as tomadas duas vezes por dia.

Cirurgias placebo também são eficazes

Imagine sofrer uma lesão que exige cirurgia e ser submetido ao procedimento, o que resulta em um membro sem dor. Agora imagine o médico lhe dizendo, um mês depois, que não reparou nada durante a cirurgia, apenas lhe cortou e lhe fez acreditar que um procedimento tinha ocorrido… Isso é essencialmente o que vem acontecendo em testes médicos, e os resultados mostram que as cirurgias falsas podem ser tão eficazes quanto as reais. A melhor parte é, obviamente, que a cirurgia falsa é bem mais barata.

O efeito placebo ficou mais poderoso ao longo dos anos

Humanos colocam muita fé em profissionais médicos. Conforme a tecnologia médica avança, a mortalidade diminui e a nossa fé na medicina se torna mais forte. Nos sentimos mais confortáveis na rotina de ir ao médico, ser examinado, ir à farmácia e começar a tomar pílulas. Esperamos nos curar e, ao longo do tempo, essa expectativa tornou-se ainda mais pronunciada, conforme nossa fé na ciência se fortaleceu. Na Idade Média, teria havido pouca razão para ter fé nos procedimentos médicos, já que a maioria das pessoas morria. Hoje, nossa confiança nas drogas só deve crescer. Com isto, o efeito placebo cresce também.

Fonte: Hypescience.com

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