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Medicina

Pulmões Normais x Pulmões de Fumantes

pulmão limpo pare de fumar

A principal finalidade dos pulmões é abastecer o nosso sangue de oxigênio, que é levado para as células do corpo. Conheça como funciona um pulmão normal e o de um fumante.

Cada pulmão, de indivíduo adulto, tem em média 23 a 27 cm de comprimento, 16 cm de profundidade, 10 cm de largura no pulmão direito e cerca de 8 cm no esquerdo. O volume do pulmão esquerdo é inferior ao do direito, já que a maior parte do coração situa-se na zona esquerda da cavidade torácica. São divididos em segmentos chamados lobos e possuem consistência esponjosa, sendo formados por brônquios que se dividem em bronquíolos até chegar aos alvéolos (menor estrutura pulmonar).

Função

A função dos pulmões é realizar as trocas gasosas, ou seja, o sangue chega ao pulmão “sujo” repleto de dióxido de carbono (CO2), o pulmão por sua vez filtra o sangue, deixando-o “limpo”, repleto de oxigênio (O2) essencial para o funcionamento do nosso corpo.  Após se efetuarem as trocas, o sangue rico em O2 e praticamente desprovido de CO2 regressa pelas veias pulmonares ao coração, de modo a ser impulsionado, pelo seu bombeamento, para o sistema arterial e daí até todas as zonas e outros órgãos do organismo. Todas as células utilizam esse oxigênio circulante para funcionarem adequadamente e em troca liberam CO2 de volta na corrente sanguínea. Após circular pelos tecidos, o sangue, mais uma vez pobre em O2 e repleto de CO2, regressa ao coração através das veias sistêmicas, para ser novamente enviado aos pulmões, num ciclo que se repete incessantemente ao longo de toda a vida.

Pulmão de fumantes

Tão logo a pessoa começa a fumar, tem início uma reação inflamatória provocada pela temperatura elevada da fumaça, que queima não só os pulmões, mas toda a via aérea. Prova disso é o reflexo de tosse que acompanha as baforadas dos principiantes. Depois, os sintomas desagradáveis desaparecem e progressivamente aumenta-se o número de cigarros fumados em um dia, em virtude da dependência química.

Dizer que o cigarro faz mal para o pulmão é apenas parte da verdade. Ele lesiona as vias respiratórias inteirinhas. O revestimento interno do aparelho respiratório não suporta a toxicidade nem a alta temperatura da fumaça e começa a sofrer um processo de substituição de células, causando um enrijecimento das paredes dos pulmões, isso o torna com menor distensibilidade e dificulta a eliminação do CO2. Além disso, a produção de muco, secreção popularmente chamada de “pigarro” aumenta muito, pois ele funciona como capa protetora do tecido que reveste as vias aéreas e pode ajudar a expelir os elementos irritantes que foram inalados. Em outras palavras, nosso pulmão interpreta a fumaça como uma ameaça e aumenta a produção de secreção numa tentativa de englobá-la e expulsá-la para fora do nosso corpo. Nos brônquios, ela também provoca uma reação inflamatória que causa destruição progressiva da árvore brônquica fazendo com que os brônquios fiquem mais “fechados” dificultando a passagem de ar, doença chamada de bronquite.

Vale a pena parar de fumar?

Sempre, os benefícios são inúmeros e imediatos. Apesar de não ser possível regredir completamente os malefícios causados pelo cigarro – as áreas pulmonares destruídas pelo enfisema nunca voltarão a ficar sadias, por exemplo – tende-se a uma significativa melhora funcional.

Os benefícios não se restringem apenas ao aparelho respiratório. Sentidos como paladar e olfato, também retomam sua vida e passam a dar água na boca. Quem fuma não consegue apreciar tão bem o sabor dos alimentos, nem mesmo sente os aromas, pois boca e nariz estão impregnados de fumaça.

Este vício também é responsável por causar pressão alta, problemas cardíacos, manchas na pele e nos dentes, e, mais ainda, danos severos aos pulmões. Fumar é tão nocivo que a probabilidade de desenvolver um câncer pulmonar, de laringe, faringe, boca e outros, é maior e pode ser fatal. Felizmente, mesmo em casos de fumantes muito antigos, o tecido dos pulmões começa um processo de regeneração quando o tabagismo é cessado. Isso significa que, enquanto fumante ele é mais suscetível ao câncer e ao se tornar um não-fumante o risco diminui drasticamente.

O fato é que o cigarro contém inúmeras substâncias nocivas, além de cancerígenas, e quando você as elimina do seu corpo, o seu organismo é capaz de funcionar mais adequadamente ao passo que se regenera. O ex-fumante passa a sentir os benefícios à sua saúde quase que imediatamente após o último cigarro. Dentro de 20 minutos, a pressão sanguínea e a frequência cardíaca voltam ao normal, e dentro de 24 horas, as chances de sofrer um ataque cardíaco reduzem. Em nada mais que 72 horas, os brônquios começam a relaxar. Isso permite uma respiração mais fácil e aumenta a capacidade pulmonar.

Por mais difícil que parece, sempre estará em tempo de abandonar este hábito, mas é claro que quanto antes melhor. Largar o vício e optar por uma vida mais saudável e equilibrada nos proporciona um ganho de vida e o mais importante: um ganho de vida com mais saúde.

Dra Kalina Durigon Keller
Crefito 5 92811 F – Fisioterapeuta do Equilibrium – CTO

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