No livro “Saber envelhecer”, Cícero defende a tese que a arte de envelhecer é encontrar o prazer que todas as idades proporcionam, pois todas têm as suas virtudes. Assim como Cícero, muita gente pode afirmar que a velhice é a melhor idade. Todavia, sabemos que essa é a fase mais temida, afinal, ela pode limitar a autonomia em diversos aspectos, incluindo os nossos movimentos.
O envelhecimento tem consequências significativas para o sistema locomotor, ou seja, conforme a idade evolui, passamos pelo processo de sarcopenia, que nada mais é do que a perda de massa muscular e de densidade mineral óssea. A progressão da sarcopenia tende a dificultar os movimentos e gerar sedentarismo, o que atrofia as funções articulares causando fortes dores em diferentes locais.
Entretanto, é fato que a velhice pode sim ser a melhor idade e a única condição para isso tem 9 letras: atividade, melhor ainda se ela for orientada por um profissional. Sendo assim, conversamos com o educador físico Alexandre Horbach, proprietário da Rota Treinamentos, ele explica tudo que você precisa saber para envelhecer de maneira ativa, independente e feliz.
Envelhecimento nos músculos:
As atividades musculares são as funções locomotoras mais prejudicadas pela idade, portanto, Alexandre dá algumas dicas para manter os músculos fortes:
“O treino de força é a base para diminuir os efeitos da sarcopenia e manter-se saudável. A musculação recomendada em idades mais avançadas deve ser pensada a partir da quantidade de prática que ela tem ao longo da vida, se a pessoa já era praticante ou está começando agora.” explica.
Envelhecimento nos ossos:
Como dito anteriormente, o processo da sarcopenia afeta a densidade óssea de forma irreversível, mas essa evolução pode ser freada através da alimentação e da atividade física. Alexandre orienta que os exercícios sejam focados na força e mais especificamente na pliometria, ou seja, exercícios que trabalham com saltos e aterrissagens. Mas claro, sempre respeitando os limites do corpo e trabalhando de forma progressiva.
Envelhecimento nas articulações:
Na verdade, o envelhecimento não tem consequências diretas nas articulações, Alexandre afirma que a mobilidade só é afetada negativamente pela falta de movimento.
Segundo o educador “essa insuficiência, pode enrijecer as juntas e limitar muito a agilidade. Contudo, uma pessoa ativa desde cedo, por exemplo, não perde função articular conforme envelhece”, garante.
Por isso, para manter as articulações saudáveis, além de alongamentos frequentes, os exercícios devem ser feitos sempre de maneira completa e com amplitude no movimento.
Quais cuidados devo ter ao praticar?
Alexandre ressalta: “Primeiramente, pratique atividade com um profissional, assim você evita lesões e quando falamos em idosos, tal orientação é ainda mais fundamental. Dito isso, o profissional precisa realizar uma avaliação física com o aluno. Em primeiro momento, ela levará em conta a qualidade das funções articulares, se elas forem muito limitadas, o trabalho deve partir daí, para que a pessoa passe a fazer os exercícios de força da melhor forma possível. Em seguida, a musculação deve ser priorizada, mas sempre mantendo as práticas de mobilidade, pois elas proporcionarão a segurança do treino”, explica o orientador físico.
Somente dessa maneira, a tão sonhada sequência de acontecimentos será possível:
- Atividades formam Articulações saudáveis;
- Juntas sadias possibilitam uma musculatura fortalecida;
- Músculos fortes geram uma boa postura;
- Adequação postural resulta na redução das dores e num corpo saudável por inteiro;
- Um corpo saudável é um corpo independente, autônomo e feliz;
Uma pessoa independente e feliz, sem sombra dúvida, está na sua melhor idade.
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