De acordo com as profissionais, o uso da cafeína depende da resposta individual de cada pessoa, pois pequenas doses da substância podem exercer efeito estimulante e promover uma melhora na eficiência do metabolismo durante a atividade física. Além disso, outra característica é a diminuição da percepção do esforço, fator que torna a suplementação muito relevante em períodos de treinamentos exaustivos ou de pré competição.
“ A cafeína vem sendo consumida com grande frequência antes da prática esportiva, com o objetivo de adiar a fadiga. Ela não apresenta valor nutritivo e é considerada um ergogênico nutricional. Deste modo, poupando seu glicogênio, reserva energética estocada nos músculos e no fígado é utilizada como combustível durante o exercício”, destaca a nutricionista Gabriela.
Conforme a nutricionista e especialista em fisiologia do exercício, Marcelli Mattos, se a cafeína for mal administrada, pode causar dependência, fortes dores de cabeça, nervosismo, insônia, agitação e ansiedade, causas que podem ser desencadeadas pela interrupção do uso.
“Se a substância for mal usada, pode gerar efeitos que atrapalham a performance ao invés de otimizá-la. Por isso, é importante prestar atenção quando comprar suplementos de cafeína ou outros tipos estimulantes (suplementos pré-treino ou termogênicos), pois a quantidade de cafeína em alguns destes produtos pode ser bastante elevada”, comenta Marcelli.
O que devo comer antes do treino?
No entanto a dosagem correta, considerando a suplementação, deve ser definida por um profissional e pode variar de acordo com o peso e tolerância à cafeína. De acordo com Marcelli “o fundamental é respeitar a individualidade biológica antes de determinar quando tomar, em qual dosagem, por quanto tempo e em quais modalidades”, comenta.
Ação da substância no organismo
Já segundo Gabriela, a ação no organismo atinge seu pico cerca de 15 a 120 minutos (varia conforme sua fonte: bebida, alimento, suplemento) após a sua ingestão. “Estudos apontam que o efeito ergogênico da cafeína ocorre com doses de 100 a 420mg, o que já é capaz de promover ação no metabolismo das gorduras, mobilizando o tecido adiposo dentro da célula e poupando glicose circulante”, salienta.
Por outro lado, estudos demostraram que a cafeína pode agir no músculo esquelético, potencializando a sua capacidade de realizar exercícios de alta intensidade e curta duração, e no aumento da força por retardar a fadiga muscular.
A cafeína pode ser encontrada em algumas plantas e usada para o consumo em bebidas, tanto na forma de infusão, como em bebidas energéticas. Ela também é encontrada em alimentos como o chocolate, guaraná, chá-mate e cacau.
De acordo com Marcelli, uma xícara de 50 ml de café contém, em média, entre 40 e 60 miligramas de cafeína. Já em uma xícara de chá (150 ml) é possível encontrar aproximadamente entre 20 e 40 miligramas da substância.
13 dicas para ter uma vida mais saudável
Para finalizar, as nutricionistas Gabriela e Marcelli têm algumas dicas:
Lembre-se: cafeína em excesso pode causar desconforto, tremores, agitação, ansiedade, insônia, desidratação. No entanto, a cafeína administrada em doses certas poderá promover uma melhora na eficiência do metabolismo durante a atividade física. Porém, se mal administrada, pode causar dependência, dores de cabeça, irritabilidade que poderão ser desencadeados pela interrupção do uso. Mas de qualquer modo, procure sempre um nutricionista para avaliar a dose correta de acordo com você e seu objetivo.
Importante: a cafeína pode ser ingerida através de alimentos ou suplementos em cápsula. Outros suplementos, como os pré-workouts, também trazem a cafeína em sua formulação, mas deve-se tomar cuidado às quantidades, pois a ingestão excessiva pode provocar efeitos negativos. Por isso, o fundamental é respeitar a individualidade antes de determinar qual tomar. Sendo assim, procure um nutricionista para avaliar a dose correta de acordo com cada objetivo.
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