Coronavírus e coração, qual a relação? A gente explica:
Inflamações no coração que perduram por semanas até mesmo depois da recuperação de pacientes com Coronavírus. Essa informação oriunda de estudos publicados na revista Jama Cardiology deixou os pacientes já curados em alerta. Apesar da pesquisa ressaltar o impacto cardiovascular da doença, autores destacam a necessidade de mais investigações para avaliar se a Coviod-19 pode causar danos duradouros no coração.
Coronavírus e o coração, entenda esse estudo
O trabalho envolveu 100 pacientes entre 49 e 53 anos já recém-recuperados de coronavírus. A ressonância magnética apontou que a infecção afetou o coração de 78% dos participantes e 60% deles apresentavam sinais de inflamação no miocárdio. O exame foi feito cerca de 71 dias após terem recebido o diagnóstico positivo de coronavírus. A maioria dos voluntários desenvolveu sintomas severos e dois necessitaram de ventilação mecânica.
Em outro estudo, também publicado pela mesma Revista, mostra que a ação do novo coronavírus sobre o tecido cardíaco é grande. Os pesquisadores analisaram a autópsia de 39 pacientes de idades entre 78 e 85 anos, dos quais 35 faleceram em decorrência de pneumonias provocadas pela Covid-19 e os demais morreram devido a outras complicações.
A presença do vírus estava em 24 (61%) das amostras coletadas, a pesquisa ainda concluiu que pacientes sem carga viral apresentaram menos sinais de inflamação dos tecidos cardíacos em comparação com o material de pacientes com mais concentração do vírus. O artigo pontua que não é possível afirmar a incidência de miocardite (inflamação do miocárdio), mas ainda assim não descarta a possibilidade desse e de outros danos ao tecido do coração a longo prazo.
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Coronavírus e prevenção:
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
- Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
- lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
- utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- manter os ambientes bem ventilados;
- evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
- evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
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