A ataxia cerebelar é a dificuldade do cerebelo em coordenar os movimentos do corpo. Existem alguns tipos de ataxia que são hereditárias e, embora não exista uma cura para elas, existem tratamentos que ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas doentes.
A ataxia cerebelar é um distúrbio que atinge o cerebelo, que é a região do cérebro responsável pelo equilíbrio, pelo controle da força muscular (tônus) e pelos movimentos do corpo que dependem da nossa vontade. Ela pode afetar a fala, a deglutição, os movimentos dos olhos, das mãos, dos dedos, dos braços e das pernas. Esses sintomas também podem estar presentes em outras situações nas quais o cerebelo é afetado, como traumatismos cranianos, infecções, esclerose múltipla, paralisia cerebral e tumores.
O tratamento das ataxias é feito tratando-se sua causa, mas quando isso não é possível, com fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e outras terapias que auxiliam na melhora dos sintomas e que contribuam para a independência da pessoa afetada.
Confira o depoimento de Sirlei Bronzatti, portadora da ataxia, e ajude a divulgar para que mais possa ser falado e assim mais estudos sejam feitos acerca dessa doença que atinge tantas pessoas.
Sou Sirlei dos Santos Bronzatti, 57 anos, portadora da Ataxia DMJ, a qual começou a se manifestar há uns 12 anos mais ou menos. Estou numa cadeira de rodas há uns 2 anos. Herdei de meu pai esta ataxia. Ele já faleceu sem um diagnóstico certo, pois na época os médicos não conheciam esta doença. Morávamos numa cidade pequena do interior. Tenho apenas uma irmã mais velha que eu, 3 anos. Ela também tem ataxia e se encontra numa cadeira de rodas. Um dos primeiros sintomas desta doença é um andar desequilibrado, que se parece com o andar de bêbado.
Resolvi me aposentar num dia que ia trabalhar, ia a pé e um homem vinha atrás e me falou assim: a esta hora de manhã a senhora já tomou todas, e nem sente vergonha? Voltei para a casa chorando e resolvi entrar no auxilio doença. Fiquei 3 anos em auxilio doença, e resolvi me aposentar, mas como já possuía tempo de serviço, optei pela aposentadoria por tempo de serviço.
Sou uma pessoa alegre e brincalhona. Encontrei apoio no grupo de whatsapp, meu humor mudou completamente depois que passamos a nos divertir com mensagens, conversando e trocando informações e conforto. Participei do Encontro de Atáxicos em Goiânia, organizado por Alessandra Pain. Lá, conheci muita gente que só conhecia via mensagens. Foi muito interessante. Inesquecível. Aguardo o próximo, que provavelmente será em Belo Horizonte. Depois do Encontro, os membros do grupo do whatsapp praticamente dobraram. Tenho fé que ainda vão descobrir um remédio contra a ataxia, e juntos venceremos.
Quer ler mais depoimentos sobre a doença? Acesse ataxiajuntosvenceremos.blogspot.com.br, leia e compartilhe!
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