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Medicina Mundo Kids

A importância do Exame do Cotonete

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Estreptococo pode causar graves infecções em gestantes e bebês. Mamãe, já ouviu falar da Estreptococos B? Trata-se de uma bactéria muito comum que costuma se instalar no intestino e pode se colonizar na região da vagina, intestino e reto.  Seu maior risco está na transmissão ao bebê durante o parto. Lembrando que apesar de ser encontrada habitualmente na região genital feminina, a Estreptococos do grupo B não é uma DST.

Vamos entender mais sobre ela?

O Estreptococo do grupo B
É uma bactéria comum, normalmente inofensiva em adultos e em indivíduos saudáveis, porém, em bebês e pessoas com sistema imunológico comprometido ela gera grande risco a saúde. Nos recém-nascidos, a infecção pode ocorrer ainda dentro do útero, por invasão do líquido amniótico, ou somente na hora do parto, durante a passagem pelo canal vaginal.

Sintomas
A infecção a partir do líquido amniótico pelo Streptococcus agalactiae ocorre geralmente durante a rotura da bolsa no início do trabalho de parto, trabalhos de parto prolongados ou casos de roturas prematuras da bolsa, caracterizados como de maior risco. Os sintomas incluem febre, dor no útero, aumento da frequência cardíaca fetal e presença de pus no líquido amniótico.

Infecção do recém-nascido
Apesar dos riscos da mãe desenvolver complicações, a grande preocupação é sempre a contaminação do bebê. A transmissão se dá habitualmente após a rotura da bolsa ou durante a passagem do bebê pelo canal vaginal. A infecção precoce ocorre dentro dos primeiros 7 dias de vida e se manifesta como um quadro de pneumonia, meningite ou sepse sem ponto de partida definido. Seguido por sintomas de febre, dificuldade para comer e respirar. Crises convulsivas, fraqueza ou rigidez muscular também podem ocorrer. A mortalidade nos casos precoces é de cerca de 3% nos bebês nascidos com mais de 37 semanas e de 20% nos bebês prematuros. A infecção tardia ocorre após a primeira semana de vida. Sepse e meningite são as apresentações mais comuns. A mortalidade nos casos tardios é de cerca de 2% nos bebês nascido com mais de 37 semanas e de 6% nos bebês prematuros.

Prevenção
Alguns médicos recomendam que no início da gravidez sejam realizados exames de urina para detectar se ela não está alojada na bexiga. E no final da gravidez, entre a 35ª a 37ª semana de gestação é fundamental a cultura para Strepto. Esse exame é realizado por uma espécie de cotonete que colhe material da vagina e da região do ânus.

Tratamento
Em ambos os casos, se detectada a presença da bactéria, o tratamento deve ser feito a partir de antibióticos que reduzem significativamente a chance de transmissão. Haja vista pesquisa que revela que 1 em cada 200 bebês ficam doentes sem o tratamento com antibiótico na hora do parto, já com o uso do medicamento o índice muda para 1 em cada 4000.

O ideal é sempre ter um acompanhamento pré-natal e esclarecer todas as dúvidas com seu obstetra, bem como manter seus exames de rotina e para gestantes em dia.

Adriano Bisso
Biomédico Residente em Gestão