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Cruz Alta

Dia Mundial do Lúpus: Empresária conta como fez da paixão pela profissão o seu maior remédio

Thaís Giraldelli, empresária, palestrante e influenciadora na área da beleza, descobriu a Lúpus quando estava grávida da sua segunda filha.

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O Dia Mundial da Lúpus, 10/5, chama a atenção sobre o impacto que essa doença tem sobre as pessoas, dando enfoque a necessidade de melhorias dos serviços de saúde para os pacientes e, dar visibilidade para que o diagnóstico e tratamento sejam precoces. Uma doença autoimune e inflamatória, a Lúpus é caracterizada pela produção de diversos autoanticorpos em quantidade muito superior à necessária, e pode afetar articulações, pele, rins, cérebro e outros órgãos.

Thaís Giraldelli, empresária, palestrante e influenciadora na área da beleza, descobriu a doença quando estava grávida da sua segunda filha, e várias intercorrências fizeram com ela nascesse prematura.

“Durante a gestação tive embolia pulmonar, após o parto foram surgindo dores em vários lugares diferentes, sentia muita dor nas articulações dos dedos e dos cotovelos, tive um AIT, Ataque isquêmico transitório e de tanto ir ao pronto socorro também com uma dor inexplicável no abdômen o plantonista me encaminhou para o reumatologista, foi quando demos início à uma bateria de exames e tive o diagnóstico de lúpus. Ele não é um diagnóstico fácil nem rápido”, relata Thais.

Thaís conta que para a sua família, era uma sentença de morte, já que há 15 anos atrás uma prima de 21 anos faleceu de lúpus.

“A notícia caiu como uma bomba, emagreci mais de 10 quilos, perdi quase todo cabelo, não tinha forças para nada”, completa.

Quando os sintomas começaram a atingir a parte neurológica o reumatologista, foi indicado a pulsoterapia, um tratamento que se faz internado, muito parecido com a quimioterapia, mas antes de iniciar o procedimento, Thaís foi vítima de um erro médico. A plantonista errou o paciente e ministrou adrenalina em sua veia, levando a uma parada cardíaca e um infarto grau 2.

“Fiquei impossibilitada de fazer a pulsoterapia e fiquei por 5 dias na UTI cardiológica entre a vida e a morte. Quando tive alta, me agarrei ao que mais gostava de fazer para que a doença e o diagnóstico não tomassem conta do meu corpo e mente: Fui trabalhar! Tinha recém mudado de área profissional, na época trabalhava em um salão de beleza e lembro que saí do hospital direto para o salão. Fiz da minha paixão pela profissão meu maior remédio, tirava forças de onde não tinha e ia todos dias atender as clientes, não permitia que a doença mandasse em mim. Minha força de fazer meu negócio e minha nova profissão darem certo foram tão maiores que meu diagnóstico que até os médicos se espantavam com a minha evolução”, relata a empresária.

O tratamento para o lúpus é pra sempre, e Thais toma entre 12 e 20 comprimidos por dia. Além de ficar mais doente que as outras pessoas no geral, também não pode tomar sol e nem fazer muitas atividades físicas, porém leva a vida da melhor forma.

“Aliei meu desejo de me curar ao meu desejo de ser bem sucedida na área que escolhi e consegui fazer dar certo! Meu trabalho salvou minha vida. Nunca vi o diagnóstico de lúpus como uma sentença, eu posso ter o lúpus, mas o lúpus não me tem. Já estou em remissão há 4 anos. Tirar o foco da doença é um dos remédios mais eficazes”, finaliza.