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Medicina

Tudo sobre o potencial do própolis no tratamento de Parkinson

Afinal qual é a relação comprovada entre o Parkinson e a Própolis?

Como você sabe, a doença de Parkinson é um distúrbio do movimento, de modo que o paciente recebe o diagnóstico clínico com o aparecimento dos sintomas motores, como a lentificação e prejuízo na realização dos movimentos (bradicinesia), tremores e rigidez muscular, porém a enfermidade apresenta variados sintomas não motores que surgem 10 a 15 anos antes do diagnóstico.

Não há tratamento ou cura para a doença de Parkinson, mas alguns dos sintomas podem ser controlados, e essa é a principal motivação para o núcleo de estudiosos avançar com as pesquisas, saiba mais sobre a novidade:

NOVIDADE PÓS-PESQUISA

A própolis tem ação no metabolismo cardíaco e também melhorou a redução da frequência cardíaca e sua variabilidade em modelo experimental da doença de Parkinson sugerindo o seu papel cardioprotetor, além de não terem sido encontrados efeitos colaterais associados ao uso do produto. Tais dados são fruto de pesquisa da Apis Flora – empresa de apiterápicos e do Laboratório de Neurociência do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.

“Foi observada ainda uma ação neuroprotetora da própolis, reduzindo a morte dos neurônios dopaminérgicos na substância negra e a degeneração das fibras no estriado”, diz Valéria de Cassia Gonçalves – doutoranda do programa de pós-graduação em Neurologia/Neurociência da EPM/Unifesp e primeira autora dos estudos.

O CONTROLE DOS MALES DO PARKINSON

O avanço nos estudos pode trazer importantes contribuições no controle de males causados pelo Parkinson já que longa e progressiva a enfermidade causa a degeneração das células nervosas afetando assim os movimentos de aproximadamente 8.5 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Estávamos à procura de um possível agente neuroprotetor antioxidante natural, de fácil acesso à população, para lesões causadas pelo modelo experimental de Parkinson. Na oportunidade, começamos a nos interessar pela própolis e iniciamos essa parceria com a Apis Flora, por intermédio de Andresa Berretta, e os resultados têm sido muito promissores”, recorda o professor Fulvio Scorza, do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da EPM/Unifesp.

A PRÓPOLIS E O PARKINSON

De acordo com o professor Fulvio – há um potencial grande nessa pesquisa. “A próxima fase inclui estudos clínicos com pacientes ainda na fase prodrômica, ou seja, com indicativos de que sofrerão de Parkinson, com sinais que incluem parassonia do sono R.E.M., constipação e perda do olfato, com a premissa de que o tratamento retarde a evolução da doença”, comenta.
Seja para prevenção ou ação terapêutica, o uso da própolis vem sendo cada vez mais estudado. “A própolis é um composto natural com importantes propriedades biológicas e possui atividade anti-inflamatória, antioxidante, imunomoduladora, antiviral, antimicrobiana, cicatrizante, entre outras. Além de ser um produto de baixo custo e fácil aquisição, sem efeitos colaterais negativos associados ao seu consumo”, finaliza Berretta