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Covid-19 Vitale

Astrazeneca e Pfizer: antecipado para 10 semanas o intervalo entre as doses

Foto: (Reprodução / Prefeitura Municipal)
Vamos falar de imunização contra a Covid-19

Na segunda-feira, dia 12 de julho, o Rio Grande do Sul definiu antecipar de 12 para 10 semana o intervalo entre as doses da vacina contra a Covid-19 das marcas AstraZeneca e Pfizer.

A decisão se deu em virtude da suspeita de dois casos da variante Delta (com origem na Índia) em investigação no Estado e a quantidade de doses de vacinas reservadas para a segunda dose na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos.

MELHOR RESPOSTA IMUNE

O objetivo é garantir melhor resposta imune para essa nova variante, uma vez que apenas uma dose é pouco efetiva. “Para essa cepa, é ainda mais necessário ter o esquema vacinal completo”, explica a diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde, Ana Costa. “Temos essa semana um novo cenário na pandemia em território gaúcho, com duas suspeitas dessa variante, que se mostrou mais agressiva. Diminuímos o intervalo dentro da margem de segurança da efetividade da vacina, e acelerar a imunização completa da população com a dose 2”, completou a diretora.

“É muito importante deixar claro que há um fato novo, que muda o cenário da vacinação no Estado. Precisamos evitar ao máximo a contaminação por uma nova variante, agindo em todas as frentes para evitarmos mais internações e mortes”, explicou o presidente do Cosems/RS, Maicon Lemos, que participou presencialmente da reunião na Secretaria da Saúde. “Esta é a melhor conduta dentro do cenário que temos hoje. O adiantamento da dose 2 se mostrou efetivo em diversos países e garantimos a imunização completa em menor tempo”.

Todas as remessas daqui para frente que o Estado receber dessas duas fabricantes utilizarão o intervalo de 10 semanas. De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, este intervalo diminui individualmente a proteção contra a doença, mas é efetiva para interromper uma possível circulação da variante Delta. As próximas remessas que chegarem ao Estado deverão ficar reservadas para garantir o tempo de aplicação da segunda dose dentro do prazo. A secretária da Saúde, Arita Bergmann, ressaltou que “não devemos usar doses reservadas para dose 2 (D2) para primeira aplicação (D1) e nem vice-versa. É um adiantamento de duas semanas na D2, mas todo o planejamento restante segue o mesmo”.

E as Lactantes, crianças e adolescentes?

Também foi pactuada a priorização da vacinação de lactantes, mães que estejam amamentando bebês com até 11 meses e 29 dias e a ampliação das vacinação de crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos, 11 meses e 29 dias que apresentem comorbidades (essas com o imunizante da Pfizer). Isso porque, a vacina da Pfizer possui aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a faixa-etária.

“Todas as pessoas com essa idade que vieram a óbito no Rio Grande do Sul tinham alguma comorbidade”, explicou a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina Bastos. Este grupo começará a ser vacinado a partir da próxima distribuição, em que o Estado enviará doses específicas para a faixa-etária. O Cevs publicará nota técnica especificando as comorbidades que serão abrangidas.