Não é um prato típico, nem uma ceia que caracteriza um tipo de festa, ele é uma refeição que faz parte da culinária do Brasil. O café colonial, uma das mais autênticas tradições da cultura e da cozinha alemã, veio com os antepassados e se tornou comercial devido à procura de viajantes e turistas.
Estes chegavam tarde da noite em cidades que não havia hotéis, portanto, alguns colonos prontificavam-se a atender estas pessoas com alojamento e refeições, no velho costume germânico, colocando à mesa o que havia de melhor.
Da necessidade de atender os turistas, os colonos deram início ao café colonial.
Outro modo de denominar o café colonial seria a representação da mesa farta do colono antes de ir, muito cedo do dia, para seus afazeres em suas pequenas propriedades rurais. Como ficava do alvorecer ao anoitecer envolvido no trabalho, o “café do colono”, comercialmente chamado de café colonial, era extremamente reforçado, capaz de proporcionar energia suficiente para o desempenho árduo de suas funções.
No Sul, as cidades que aderem ao café colonial são Nova Petrópolis, Gramado, Canela, Santa Cruz do Sul, Ijuí e Panambi. Apesar do nome, o café colonial é uma refeição que não tem a finalidade exclusiva de ser um café da manhã, podendo, ao contrário, ser degustado a qualquer momento do dia e ocasião. “O café colonial pode ser a refeição de uma festa de aniversário, reuniões particulares, eventos beneficentes, e até mesmo de casamentos – se antes essas cerimônias eram realizadas somente aos sábados, e hoje temos na segunda-feira, terça e quarta, o café colonial é uma opção”, explica Aldir Sossmeier, proprietário da Casa Colonial em Cruz Alta.
O que caracteriza essa refeição é o grande número de produtos artesanais e caseiros, feitos, de acordo com Sossmeier, com mais carinho e cuidado. “A variedade de pães (milho,trigo,integral),manteiga, geleias, bolachas (amanteigadas, pintadas, com goiabada), palito salgado, cueca virada, doces, bolos (secos, recheados, com cobertura), queijos, embutidos (salames, morcilha, linguiça cozida), presunto, pão de carne, carnes resfriadas (porco e frango), torresmo, sucos, chás, leite, e claro, o indispensável café”, ilustra.
O café colonial, apesar de ser chamado assim, já é considerado urbano. “A comida colonial original não existe mais, hoje, as agroindústrias e pequenos produtores precisam da sanidade exigida pela vigilância para produzir. Mas o mercado atual oferece qualidade industrializada para realizarmos um café colonial na cidade grande, por exemplo, até acrescentando salgados de festas para modernizar”.
Fonte Histórica: Café Coelho
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