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Medicina

Disfunção erétil: ainda um tabu

medicina_disfunção_eretilMais grave que a doença só o preconceito.
Vista ainda como um tabu, a disfunção erétil é negada por muitos homens que fogem dos especialistas e do assunto, e esses homens nem imaginam que é um problema muito comum e, nem sempre, tem suas causas relacionadas a problemas físicos.  As chamadas crises no relacionamento, estresse no emprego, problemas emocionais e até a própria cobrança podem atrapalhar bastante o desempenho sexual masculino.

Muitos homens sofrem em silêncio por causa da chateação quando têm em vista o preconceito acerca da doença. Segundo a Sociedade brasileira de urologia, uma dúvida frequente dos pacientes é relacionada a problemas com relação à manutenção da ereção após a primeira ejaculação, achando que isso já é um problema sério, mas não.

O tempo de latência (ou seja, tempo necessário para se obter uma nova ereção) varia de pessoa para pessoa e não tem valor definido como normal. Do ponto de vista clínico, quando uma pessoa consegue obter e manter ereção firme suficiente para penetração e que permite levar a relação até o seu final, a probabilidade de haver comprometimento físico é muito pequena. Geralmente, quando ocorrem episódios de tentativas de ereção frustradas ou dificuldade para a segunda ereção, na mesma noite, não deve haver motivo para se pensar que existe uma doença física.

Todavia, existem fatores que provavelmente a ciência ainda precisa esclarecer sobre a fisiologia das ereções. Ao mesmo tempo, fatores emocionais podem interferir tanto na primeira relação da noite como nas tentativas de relação subsequentes.

Após submeterem-se a uma cirurgia da próstata radical alguns homens ficam com certa dificuldade de ereção. As indicações médicas do TiSBU (sociedade brasileira de urologia) para suprir essa disfunção é de que esse problema melhora com o tempo. Por isso, até um ano após a cirurgia, os urologistas geralmente recomendam medidas mais simples como medicamentos administrados por via oral, injeções intracavernosas e próteses à vácuo. É importante, durante esse tempo, que o paciente tente ter relações frequentemente, pois há indícios de que esta atitude acelera a melhora da disfunção erétil.

Se o problema persiste após um ano, geralmente recomenda-se a cirurgia de implante de prótese peniana. Existem vários tipos e modelos de próteses e você pode discutir as vantagens e desvantagens de cada uma com seu médico. Em casos onde o paciente já apresentava alguma alteração na função sexual antes da prostatectomia radical, ou naqueles em que houve necessidade de se remover os nervos da ereção, algumas etapas podem ser puladas e a cirurgia de prótese pode ser recomendada antes. Encontra-se em fase experimental uma pesquisa para reconstrução do nervo da ereção, utilizando-se fibras nervosas do tornozelo do paciente.

Ademais, um indivíduo pode apresentar diferentes tipos de problemas ejaculatórios que repercutem no relacionamento com sua parceira. Pelos conhecimentos atuais, a maioria dos distúrbios tem origem psicológica e deve ser abordada conjuntamente pelo homem, sua parceira e, às vezes, por médicos e psicólogos. Os distúrbios ejaculatórios podem ocorrer em qualquer fase da vida do homem, mas são mais comuns na juventude. Homens maduros, no entanto, podem apresentar distúrbios ejaculatórios como reação a problemas comuns da vida moderna como estresse, problemas de relacionamento com a parceira e depressão. O primeiro passo para quem tem um distúrbio ejaculatório é consultar um urologista para ser examinado e receber as orientações adequadas para cada caso.