A relação entre obesidade e insônia podem deixar sua saúde em estado de alerta. A nutricionista Franciele Facco explica a ligação do sono com a obesidade, confira:
Nem sempre é possível dar conta de todas as atividades previstas para o dia. Portanto, a alternativa é deixar para mais tarde ou acabar virando noites sem dormir. Desse modo, acabamos passando uma noite, outra e às vezes o mês inteiro sem saber o que é uma boa noite de sono. No entanto, o tempo de descanso reduzido e a falta de sono pode gerar sérias consequências e mudanças no corpo humano.
Obesidade, melatonina e sono: veja o que acontece nessa relação
O corpo se prepara para o sono através do hormônio melatonina, o qual é produzido pela glândula pineal. Que por sua vez tem a secreção diretamente relacionada ao ciclo claro-escuro. De acordo com a nutricionista Franciele Facco, é um importante antioxidante de papel fundamental na regulação do estado sono/vigília, participando do controle do relógio biológico humano e animal.
Aliás, a melatonina também influencia o ritmo de vários outros processos fisiológicos durante a noite.
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“A temperatura corporal cai, aumenta a mobilidade e a atividade das células de defesa, a formação dos anticorpos é estimulada, a defesa contra os microrganismos é facilitada, o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea diminuem, o sistema imunológico é estimulado e, na questão alimentar, a digestão torna-se mais lenta”, diz a profissional.
Além disso, a melatonina pode ser usada como coadjuvante no tratamento de fibromialgia. Um estado de saúde complexo e heterogêneo no qual há um distúrbio no processamento da dor por mais de 3 meses associado a outras características.
Por isso, quando ocorre a queda da melatonina, podemos perceber sérios índices de insônia.
“Ficar sem dormir pode representar um estresse muito significativo, pois quando temos a diminuição de sono, aumentamos o cortisol e a pressão arterial e diminuímos o nosso humor. Associado a isso, pode vir o aumento de peso. Sim, ficar sem dormir pode engordar”, alerta Franciele.
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Contudo, ainda há dúvidas sobre todos os mecanismos, mas já se sabe que os distúrbios provocados pelas alterações nos horários de sono/vigília influenciam o apetite, a saciedade e a ingestão alimentar, podendo gerar um quadro de obesidade.
“O sono é essencial para equilibrar todas as funções fisiológicas e psicológicas do organismo, portanto um sono de qualidade está diretamente ligado aos fatores que previnem a obesidade”, explica.
Segundo uma pesquisa americana, para cada hora a menos de sono, cresce em 20% a possibilidade de haver aumento do peso. E, segundo alguns especialistas, menos de 7 horas habituais de sono pode trazer consequências negativas para o corpo e para o cérebro.
O que fazer para fugir da obesidade?
A fim de auxiliar na melhora da qualidade do sono, a nutricionista indica o uso de nutrientes. Seja para aumentar melatonina (como ácido fólico e vitamina B12), ou para equilibrar funções, nutrientes e acalmar com o uso de suplementos como: mulungu, passiflora, magnésio, l-taurina, griffonia simplicifolia, melissa e camomila antes de dormir (ou em outros horários adequados conforme cada suplemento).
Acima de tudo sono de qualidade contra a obesidade
Confira algumas dicas que a nutricionista destacou na hora de garantir um sono de mais qualidade e fugir dos perigos da obesidade:
– Checar seus medicamentos com o médico responsável;
– Não praticar exercícios físicos até 3 horas antes de ir para a cama;
– Evitar ler, ver TV, trabalhar no computador, mexer em contas, levantar assuntos polêmicos e discutir antes de dormir;
– Não ingerir bebidas contendo cafeína após as 18h;
– Evitar refeições volumosas e apimentadas antes de dormir.
Franciele Silva Facco é Personal Diet – nutricionista, pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela VP/UNICSUL e pós-graduanda em Nutrição Ortomolecular com extensão em Nutrigenômica pela FAPES.
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