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Vitale

Tudo sobre a doença rara que causou o óbito da atriz Mabel Calzolari

Os bons morrem jovens, infelizmente! Saiba mais sobre a morte de Mabel.

A atriz Mabel Calzolari faleceu ontem (22 de junho) com 21 anos. Ela havia sido diagnosticada em 2019 com uma doença rara, a aracnoidite torácica. A descoberta se deu após ser submetida a uma punção na coluna espinhal chamada raquianestesia, um tipo de anestesia, durante o parto do filho.

Descubra o que é aracnoidite e como ela surge

Trata-se da inflamação de uma membrana fina que envolve o sistema nervoso central (a membrana aracnoide). Ela isola e preserva o sistema nervoso do sangue e de outras partes do corpo.

A aracnoidite pode estar no tórax (coluna torácica), na coluna cervical (pescoço), na coluna lombar e no crânio, em volta do cérebro. Aonde tem sistema nervoso central ou medula, tem aracnoide. Quando a aracnoide inflama, o tratamento é difícil porque os remédios nesses locais não atuam tão bem.

E como ocorre?

Quando algum elemento estranho (bactéria e vírus ou substância tóxica) entra dentro desse espaço da membrana aracnoide. É uma reação anormal do organismo a um elemento estranho que não deveria estar nesse espaço da membrana aracnoide, então ele produz cicatrizes e inflamações.

“Essas cicatrizes podem obstruir a circulação sanguínea, comprimir a medula, os nervos, causar sensação de fraqueza e até paralisias. Mas essas coisas não são tão frequentes”, afirma Valadares médico neurocirurgião.

Tudo sobre o tratamento

A aracnoidite pode ser curada e controlada, ou seja, os sintomas podem se estabilizar e pararem de piorar. Os pacientes ingerem medicamentos que aliviam as dores e controlam a inflamação. Porém, quem não tem a doença controlada segue com a dor na forma crônica. Ainda há a opção de um tratamento adicional que costuma ser efetivo, chamado de estimulação modular.

“Alguns pacientes podem até parar de tomar medicamentos, mas isso é caso a caso. Alguns ficam bem e a inflamação melhora, outros usam medicamento de uso contínuo para sempre”, diz Valadares.

Pacientes que pioram com perda de força precisam de cirurgia para tentar controlar os efeitos da doença. “Cirurgiões tentam retirar essas cicatrizes que vão se formando e vão comprimindo, mas a maior parte dos pacientes não precisa fazer cirurgias”, enfatiza o especialista.