Uma dilatação se formou nas artérias do cérebro e, se não descoberta logo, pode acarretar sérios riscos para o paciente.
A ex-bbb Juliette Freire relatou em entrevista a Pedro Bial explica como foi o diagnosticada com aneurisma cerebral durante um checkup. Antes de mais nada, é bom enfatizar que durante intervenção médica o aneurisma foi descartado, ou seja, não confirmado.
O aneurisma é uma complicação que atinge principalmente mulheres por volta dos 50 anos de idade e que fumam. A mesma doença matou a irmã de Juliette, Julienne, que morreu em decorrência de um AVC, causado por um aneurisma cerebral que se rompeu quando ela tinha 17 anos.
Além da doença ser grave, caso não descoberta logo pode acarretar em sérios riscos para a saúde e qualidade de vida do paciente.
O que é um aneurisma?
Uma dilatação dos vasos sanguíneos, uma fragilidade na parede da artéria, a via onde circula o sangue do nosso organismo. Enrico Ghizoni, diretor da Neurocirurgia da UNICAMP, em entrevista ao G1, explicou que é possível fazer uma analogia com um pneu de uma bicicleta.
“Quando a câmara de um pneu de uma bicicleta está mais frágil, forma-se uma bolha nela. Então aneurisma é mais ou menos parecido com isso porque a parede do organismo é bem mais fina do que a parede do vaso”, explica.
O aneurisma cerebral, por sua vez, acomete as artérias intracranianas, que nutrem o nosso cérebro. Essa “bolha”, se não descoberta logo, pode se romper a qualquer momento, causando sérias consequências de saúde para o paciente, ou até mesmo a morte.
Quais são os sintomas?
A doença é silenciosa. Caso não haja rompimento, apenas por exames médicos (ressonância magnética ou uma tomografia), poderá ser identificado. Desta forma, geralmente são achados acidentais, o paciente vai investigar alguma dor de cabeça e identifica o aneurisma que não rompeu.
Já os que apresentam rompimento trazem os principais sintomas associados:
- Uma súbita e forte dor de cabeça, que aumenta com o passar do tempo; “Geralmente a pior dor de cabeça da vida desse paciente”, alerta Ghizoni.
- Problemas na visão – caso o aneurisma cresça perto do nervo da visão;
- Desmaios, náuseas, vômitos;
- Dor no pescoço;
- Rigidez bucal;
Como é feito o tratamento?
Diagnosticado o aneurisma, o tratamento em geral é cirúrgico, isso depende da idade do paciente, do tamanho do aneurisma e do grau de risco que a complicação representa para o paciente.
Enrico Ghizoni cita dois procedimetos mais comuns, a embolização ou a cirurgia aberta.
“Em geral, se você descobriu um aneurisma que não sangrou, você precisa de tratamento. É muito raro que isso não aconteça”, diz o médico.
A embolização coloca uma espécie de mola dentro do aneurisma, o que impeda circulação de sangue para lá e, consequentemente, o seu rompimento.
“O aneurisma que rompeu tem que ser excluído da circulação. Ou através da embolização ou através da cirurgia aberta. E aí cada situação tem uma um tratamento que é melhor. Por exemplo, se for um aneurisma de grau III, que não é muito comum, a cirurgia aberta em geral é melhor”, diz.
Uma vez então que o paciente fez o tratamento do aneurisma e ele foi completamente excluído, essa pessoa poderá ter uma vida normal, explica Ghizoni. Contudo, o especialista ressalta que alguns cuidados devem serem observados depois dessa recuperação.
“Se essa pessoa for tabagista ou hipertensa, ela não pode voltar a ter esses hábitos porque senão daí novos aneurismas podem voltar a se formar”, diz. “O aneurisma é um diagnóstico muito importante grave. Então se você tem uma suspeita de aneurisma, você tem que procurar um médico para o diagnóstico”.
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