Como a Hipnose Clínica ajuda no pós-luto

Você confere agora um conteúdo exclusivo e inspirador:

A mulher, psicóloga e mãe que com tanta beleza e conhecimento estampa a capa desta edição tem uma vida profissional e pessoal de extrema superação. Nas próximas páginas você confere a sua história de total inspiração.

Quem é a Joselaine?

Psicóloga Joselaine Garcia, um case inspirador

Casou aos 17 anos, teve 2 filhos e logo após a 1ª gestação sofreu com a depressão pós-parto sem buscar tratamento. Por volta dos 23 anos, houve um golpe na família e a filha de sua cunhada cometeu suicídio, quem fez o reconhecimento do corpo e comunicou a morte a mãe da vítima foi Joselaine. O fato a levou a um processo depressivo grave com intensa ideação suicida.

Por cinco anos em acompanhamento psicológico e psiquiátrico sem resultado, o seu psiquiatra e psicólogo optaram por unir a Hipnose ao tratamento. Desde então ela reagiu, porém na sequência se separou e, aos 32 anos, se viu sozinha com dois filhos.

Foi então que decidiu estudar e se tornar psicóloga. Não satisfeita, se capacitou em Hipnose Clínica – técnica que, associada à psicoterapia e a medicação, a trouxe a sua efetiva melhora.

Em 2010 Joselaine casou-se novamente e passou a residir em Cruz Alta, onde atua há mais de 10 anos como psicóloga e hipnóloga clínica. Nesta área conquistou mais de 25 prêmios ao longo de sua carreira em nível estadual, nacional e internacional.

Infelizmente, em 2017 Joselaine perdeu a sua filha de 27 anos em um trágico acidente de carro. Após seis meses do fato houve a segunda separação. Mesmo sem familiares na cidade, optou por permanecer em Cruz Alta. Para lidar com a perda da filha buscou suporte na psicoterapia, psiquiatria e na Hipnose Clínica.

Psicóloga por missão e vocação

A depressão profunda que viveu, fez com que Joselaine escolhesse a psicologia para destinar a sua vida a auxiliar pessoas que passaram pela mesma dor avassaladora que sentiu na pele tantas vezes. Diminuir a dor psíquica e as angústias do outro se tornou a sua missão.

“Hoje, enquanto psicóloga, sei a dor e sofrimento do meu paciente, pois só quem passa por esse sofrimento psíquico sabe o quanto ela pode ser devastadora. Arrasa a família, o relacionamento, enfim, devasta vidas”, comenta Joselaine.

Segundo Joselaine, o prazer em observar a evolução e o renascimento diante de todo o sofrimento anterior é impagável e ver um sorriso reaparecendo onde antes só havia tristeza é inexplicável!

“Ser psicóloga é aprender sobre e com os pacientes, aplicar na prática um aprendizado clínico riquíssimo. É ver para além do olhar, sentir para além do tocar, escutar para além do ouvir. É vivenciar com eles suas dores, medos, ansiedades, mas também suas alegrias, possibilidades e amores. É reconhecer que, acima de tudo, existe o outro como possibilidade”, declara Joselaine.

HIPNOSE CLÍNICA

Resultado rápido e surpreendente. Assim como a Hipnose Clínica foi divisora de águas em seu tratamento enquanto paciente, hoje ela usa esta técnica assertiva para ajudar mais pessoas. Em dez anos de atendimento já tem mais de 20 mil horas de prática da Hipnose Clínica.

Cabe lembrar que os Psicólogos são autorizados pelo Conselho Federal de Psicologia a utilizarem a técnica pela resolução 13/2000 como coadjuvante do tratamento psicoterápico.

A Hipnose é muito usada nos seguintes casos:

Superação do luto, depressão, ansiedade, medos, fobias, anorexia, bulimia, problemas sexuais, doenças psicossomáticas, problemas de concentração ou memória, compulsão alimentar, perturbações do sono
e problemas conjugais.

Segundo a Joselaine, ainda há preconceito com a hipnose e associações da técnica à uma espécie de show de mágica em que a platéia é induzida a fazer o que não quer, mas a Hipnose Clinica vai muito além disso e é muito mais que isso. Há outras maneiras de aplicá-las. É importante não confundir hipnose clínica com a hipnose de palco.

“A Hipnose Clínica está sustentada por uma gama de estudos comprovando sua eficácia nas mais variadas enfermidades, ela se vale de técnicas científicas modernas, nas quais o paciente interage e participa conscientemente, tendo total controle do que se passa durante o processo”, garante.

O maior dos mitos sobre a Hipnose

O maior deles é que você perderá a consciência ou revelará informações que gostaria de manter em segredo. Diferente do que se vê nos filmes, o processo hipnótico não priva o indivíduo do controle do seu comportamento. Você permanece consciente sobre quem é, onde está e, muitas vezes, recorda de toda a sessão.

EU TE AJUDO A SUPERAR O LUTO
por Joselaine Garcia

A pandemia faz com que a morte esteja presente no cotidiano, infelizmente com o “rosto” de quem amamos ou queremos bem e assim vivemos o luto coletivo vendo famílias devastadas.

Neste momento de dor, não estanque as lágrimas nem a saudade, mas a dor da depressão, do desespero e do autoabandono, sim! Caso contrário, a vida não terá mais sentido. O desespero precisa ser aquietado. Caso tenha passado um tempo e o desespero e a angústia extrema ainda te invadem, busque ajuda, estou aqui para te ajudar.

Perder minha filha me trouxe a dor indecifrável e inimaginável, o mundo desabou. Mesmo sabendo que era preciso seguir, como eu seguiria? Depois de enterrar um filho tudo muda para sempre. A maior alegria, os melhores momentos, as melhores satisfações serão embaçadas, porque ele sempre vai faltar. Se você nunca enterrou um filho, tenha paciência com as famílias enlutadas, não compare dores, a morte de um filho é diferente de qualquer outra. Tenha consciência que cada pessoa vivencia o luto de uma forma e em tempos diferentes. Cada pessoa é única e tem o seu tempo e forma de enfrentamento. – declara Joselaine.

Como diz Barry Stevens, “não apresse o rio (ele corre sozinho).” Tudo há seu tempo, assim também é no processo de luto.

PARA AJUDAR O ENLUTADO

A capacidade humana de se adaptar as mudanças existe, contudo, a morte e as incertezas do futuro criam uma sobrecarga que poderá impactar na saúde mental, muitas vezes necessitando a busca de serviços especializados.

Veja ações práticas para ajudar quem está passando pelo luto:

– Nada de apressar o processo
– Seja presença acolhedora e compassiva
– Permita abertura e acolhimento para a expressão de dor do outro
– Escute com empatia e legitime e valide o que ele está sentindo e vivendo
– Não foque na “melhora”, respeite e colha os momentos, as oscilações e as idas e vindas da pessoa e sua perda.

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