Crianças são seres curiosos por natureza. Sedentas pelo conhecimento. E nada é melhor que um livro para impulsioná-las nesta fase. Especialistas dizem que o primeiro contato da criança com os livros precisa ser leve e atrativo, com ilustrações, que expliquem o conteúdo de forma clara e simples. E é aí que entram as Histórias em Quadrinhos. Pode-se dizer que são valiosos instrumentos para despertar o hábito da leitura nas crianças. Jeniffer Fernandes, por exemplo, tem 10 anos e desde os 6, já sabia ler e escrever. A leitura iniciou muito cedo, devido ao seu contato com as HQs. A mãe da menina, Verônica, conta que a filha aprendeu a ler com as Histórias em Quadrinhos. Conta que o interesse partiu da pequena, que em princípio queria olhar os desenhos, depois começou a conhecer as letras, o que tornou muito mais fácil sua alfabetização. “Gosto de ler Histórias em Quadrinhos, porque podemos enxergar o que o personagem está fazendo, podemos conhecer onde ele vive, e muitas outras coisas”, diz Jeniffer.
Devido à particularidade que tem de unir duas formas de expressão cultural: a palavra e a imagem, as histórias em quadrinhos tem o poder de atrair leitores de todas as idades. Contempla aqueles que já leem e, também, aqueles que estão iniciando – pois estes conseguem deduzir o significado da história, lendo diretamente ou observando a imagem.
A leitura é decisiva para a formação escolar e social das pessoas, daí a necessidade de estimulá-la, e a HQ entra como uma importante ferramenta neste sentido. “A falta do hábito da leitura tem sido apontada como uma das causas do fracasso escolar. O estímulo para a formação do habito pela leitura é imprescindível, pois é ela que formará um leitor “transformador” em sociedade. Devido a tudo isso a importância de propiciar ao educando o contato com a leitura prazerosa, e a história em quadrinhos surge como uma possibilidade”, diz o professor, escritor e roteirista de histórias em quadrinho, Henrique Madeira.
Segundo ele, as histórias em quadrinhos sempre foram vistas como literatura de segundo escalão. Porém, hoje, oferecem teor altamente literário para um público mais “intelectualizado” e de todas as faixas etárias. “Podemos inclusive citar como exemplo o fato de Hollywood, que tanto adaptou clássicos da literatura em seus roteiros e que agora aposta todas as suas fichas adaptando clássicos dos quadrinhos”, comenta.
Podemos afirmar que as HQs auxiliam, sim, no processo de desenvolvimento da leitura e da escrita da criança, principalmente porque as crianças gostam desse tipo de linguagem. “Muitas crianças, e isso mais incisivamente na década de 80, começaram a desenvolver a leitura através dos gibis”, reforça.
Henrique ressalta, ainda, que para a formação de um leitor, para que ele possa ser capaz de usar a linguagem em diferentes situações, deve-se dar a ele acesso a variados tipos de leitura, como jornal, livros, revistas, além de histórias em quadrinhos. “Tudo isso, deve ser estimulado pela família, que tem um papel fundamental neste contexto”, diz.
Olá Meu nome é Danielle Lobato, sou estudante de jornalismo e estou fazendo uma matéria educacional sobre HQ’s poderiam me passar os dados das entrevistadas?! Para que eu as entreviste. A matéria é para a São Judas Tadeu.