Infelizmente o anúncio da segunda-feira (24 de agosto), não é nada bom e confirma uma reinfecção pela Covid-19. A notícia se deu pelos cientistas de Hong Kong que validaram a pesquisa com a descoberta e publicada no “Clinical Infectious Diseases”, da editora da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
O paciente que está com Covid pela segunda vez é um homem de 33 anos que se re-infectou pela segunda vez depois de viajar à Espanha. Na primeira vez, teve apenas sintomas leves, mas agora não apresentou sintomas.
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Esse é o primeiro caso confirmado de reinfecção?
Sim, pelo menos até o momento. A reinfecção pode ser difícil de confirmar, mas, desta vez, os pesquisadores afirmam ter certeza porque o vírus que infectou o paciente é diferente do primeiro. Eles descobriram isso com um sequenciamento genético do vírus que permitiu determinar que a origem do segundo vírus era diferente do da primeira infecção.
“Nossos resultados provam que a segunda infecção é causada por um novo vírus, que ele adquiriu recentemente, em vez de uma disseminação viral prolongada”, afirmou Kelvin Kai-Wang To, microbiologista clínico da Universidade de Hong Kong.
Todos que já tiveram Covid terão de novo?
Segundo os especialistas, não necessariamente, a ciência ainda não sabe responder a essa pergunta. Pode ser que o paciente tenha perdido [os anticorpos] rapidinho. Mas, se a maioria perder com um ano, talvez a cada ano possa ter que receber de novo, junto com a influenza, uma dose da vacina (que já está sendo testada).
Ter anticorpos garante a imunidade?
Mais uma pergunta que não tem resposta exata, ou seja, não se sabe ao certo. Depois de um tempo, os anticorpos tendem a sumir, mas existe um outro tipo de resposta imune, das células T, que também ajuda no combate ao coronavírus. Há estudos que apontam que essa resposta, a chamada resposta imune celular, dura mais tempo que a dos anticorpos (a resposta imune humoral). Além disso, esse tipo de célula já foi encontrado mesmo em pessoas que não tiveram os anticorpos detectados.
No caso do paciente de Hong Kong, apesar de ele ter tido a primeira infecção pelo coronavírus, não foram detectados anticorpos assim que ele foi infectado pela segunda vez – eles só apareceram depois de cinco dias. Isso pode indicar, segundo os cientistas, duas possibilidades:
- que ele não desenvolveu os anticorpos depois da primeira infecção;
- que ele desenvolveu os anticorpos depois da primeira infecção, mas eles foram “sumindo”, e, quando ele foi infectado pela segunda vez, não era mais possível detectá-los.
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- Período de incubação da doença: até 14 dias, média de 2 a 5 dias para aparecerem os primeiros sintomas;
- Principais sintomas: febre, tosse, dor no corpo, dor de cabeça, dor de garganta,coriza, perda do olfato e paladar e sintomas gastrointestinais (diarreia);
- Sinais de alerta de gravidade: falta de ar, dor para respirar, febre persistente. Na presença desses sintomas procure imediatamente atendimento;
- Transmissão: a principal via se da através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirarpor pessoas contaminadas com o Sars-Cov-2, que podem percorrer até 2 metros de distância. O contato das mãos com superfícies contaminadas e levadas a boca, olhos e nariz é outra fonte de contaminação importante;
- Fatores de risco para gravidade: diabetes, tabagismo, hipertensão, doenças pulmonares crônicas, cardiopatias, doenças renais e neoplasias;
- Diagnóstico: do 3º ao 5º dia de início dos sintomas, observa-se um aumento da carga viral, sendo este o melhor período para identificação do vírus, por RT-PCR (exame de biologia molecular). No 10º dia, há um decréscimo da carga viral e a elevação da titulação de anticorpos IgM e IgG, quando se torna viável a utilização de teste sorológico que pode ser realizados através de testes rápidos.
- Duração da doença: em média 14 dias;
- Sequelas: para uma parcela de acometidos,em especial os mais graves que exigem internação na unidade de terapia intensiva, há risco de sequelas no cérebro, nos rins, nos pulmões e no coração.
- Tratamento: não há até o momento um tratamento específico, alguns medicamentos estão em estudo, entre eles hidroxicloroquina, corticóides e antivirais;
- Vacina: em desenvolvimento
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