“Se você quer uma nova vida, precisa absorver novos pensamentos”. Olá, meu nome é Silvia Regina Martins Bastos, 49 anos, moro em Júlio de Castilhos-RS, sou dona de casa, casada e tenho dois filhos. Fiquei muito feliz ao receber o convite da Revista Vitale para dar meu depoimento a respeito da eliminação dos meus 24 kg excedentes, espero que assim possa inspirar outras pessoas a melhorar sua saúde, autoestima e assim ter mais qualidade de vida.
Os últimos 10 anos
Ao longo dos últimos 10 anos, pelos mais variados motivos que se possa imaginar, fui acumulando de começo alguns gramas que depois foram transformando-se em quilos e mais quilos. A vida da gente sofre mudanças nem sempre positivas e isso mexe com nosso emocional, então reagimos das mais variadas formas. Tem quem tenha dor de barriga quem chore, quem ri, quem perca o apetite e quem descubra o prazer de viver em fazer e comer. Com o passar do tempo parei de usar espelhos, eles não costumam mentir. O trabalho do meu marido faz com que ele viaje a maior parte do tempo, por este motivo praticamente não temos vida social então pra que comprar roupas novas, calçados, bolsas, maquiagens etc. Acredite quem quiser cheguei a passar os dias de pijama, ia buscar as crianças na escola e até no supermercado de pijama com um casaco comprido por cima, confortavelmente camuflada.
As crianças cresceram foram para a faculdade e a síndrome do ninho vazio bateu com tudo, para ocupar minha mente e meus dias mergulhei no que dava mais ibope, a cozinha. Não que cozinha e cozinhar sejam maléficos, o que foi maléfico foi o modo como fiz isso. Foi como se substituísse a presença de meus filhos e meu marido no dia a dia por doces e salgados. Nunca mais me pesei e nem fiz exercício nenhum. Fiquei sem folego sem resistência nenhuma, tinha dores e inchaços nos pés e nas pernas, mas disfarçava muito bem colocava a culpa no calor, no frio, nunca no meu desatino. Muitas vezes ao comprar roupas, cheguei comprar dois números menores com o propósito de entrar nelas, de emagrecer. Bobagem, doei muita coisa sem uso, nunca consegui usá-las. Não façam isso, pois não funciona e é pura energia e dinheiro jogado fora.
O dia que deu vontade de morrer
Na medida que o tempo foi passando os números das etiquetas foram aumentado, mas o choque mesmo veio quando precisei comprar uma calça e só consegui entrar de forma mais ou menos confortável numa tamanho 50. Aquele dia tive vontade de morrer, jurei para mim mesma que seria a última vez que levaria pra casa qualquer outra peça de roupa neste tamanho. Uma semana depois deste fato ganhei de meus filhos de presente de Natal um vestido lindo tamanho GG, adivinhem. Não serviu, fui trocar, só deu por uma calça tamanho 50. Eu que não queria nenhuma tinha 2 agora, dai a crise bateu de novo. Guardei aquelas calças e só usei as coisas mais velhas, as camisetas mais compridas enfim quanto mais camuflagem melhor. E assim passei os meus últimos dez verões neste jogo de tapa e esconde. Só que eu pensava estar escondendo dos outros, o que acontecia comigo, mas não, eu estava me escondendo da realidade e assim eu fui entrando num processo de” autodestruição”, sei que é uma palavra muito forte mas quando nossa tristeza ou falta de coragem de mudar compromete nossa saúde é só essa que cabe.
O momento de lucidez
Então, no dia 24 do mês de março do ano passado (2015) em exames de rotina, descobri que estava com a minha taxa de insulina alta, daí descobri que minha saúde ou falta dela depende de mim e do que eu permito ou não que me atinja. Precisava tomar uma decisão: mudar ou mudar. De posse de uma sugestão de dieta dada pela endocrinologista, cheguei em casa, parei na frente ao espelho e me prometi que jamais veria aquela figura novamente e chorei tudo o que pude naquele dia, como que numa convulsão de realidade me passaram todos os sentimentos possíveis, magoa, tristeza, desprezo, raiva, por tudo e por todos e principalmente por mim, por ter me permitido chegar neste resultado. Foi tanta coisa que achei que iria pirar de vez, então a lucidez começou a voltar e já comecei a me sentir mais leve, foi praticamente um exorcismo. Saí de lá, lavei o rosto e naquele momento nasceu uma nova pessoa.
Uma nova Silvia renasce
Passei a me olhar no espelho, comecei a fazer aulas de pilates, frequentar academia, fazer algumas viagens com meu marido para termos mais tempo juntos, afinal as crianças hoje são lindos e responsáveis adultos,passei a cuidar da minha alimentação e mudei minhas escolhas, escolhi a mim e a minha saúde. Pode até parecer uma atitude extremamente egoísta , mas era a opção que eu tinha. Não foi fácil demorou dois meses para os resultados começarem aparecer.
No mês de maio retirei minha vesícula o que de certa forma colaborou, pois tive que caprichar mais com a dieta. Bem! Passadas todas estas fases os resultados ficaram mais visíveis o meu metabolismo já estava mais acelerado e eu adaptada a vida sem açúcar e com muito arroz, macarrão e pão integrais, saladas, frutas, carnes magras, academia e caminhadas. Foi nesta fase que fiz uma nova amiga “A BALANÇA”, e como em qualquer relacionamento tivemos algumas sérias discussões, mas hoje posso dizer que cada uma delas valeu a pena.
Autoestima
No mês de setembro já tinha perdido 18 kg e eu que a muito tempo fugia de fotos e filmagens passei a apreciar minha imagem, tive que comprar roupas (passei do MANEQUIM 50 para o 40) e calçados (passei do numero 37 para 35). Redescobri a alegria de escolher uma peça de roupa e levar porque ela me caiu bem e não porque ficou “menos pior”. De ter a certeza que quando a vendedora disser, “Como ficou bem!”, ela vai estar sendo sincera e não apenas gentil. No mês de dezembro alcancei a marca dos inacreditáveis 24 kg perdidos. Hoje estou com 70 kg, mas acho que ainda posso melhorar. Comprei um biquíni tamanho P, já não tenho vergonha que meu marido entre no banheiro quando estou saindo do banho, enfim tudo melhorou, até consegui levá-lo para as caminhadas.
Exercícios físicos
Começamos com 2 km e hoje já alcançamos a marca de 12 km. Gente!! É a glória para quem a exatamente um ano atrás pagava pra não se mexer. Hoje além das caminhadas ao lado do meu marido e das amigas, ainda tenho energia para ir a academia com meus filhos. E por falar dos meus filhos: Posso ver no olhar deles a admiração e o orgulho de ter uma mãe mais saudável e por consequência com a aparência muito melhor e mais feliz. Alcançado o objetivo agora é só a manutenção e a certeza de que mudar é possível, melhorar é possível, desde que seja uma decisão totalmente sua. Tem que ser de você pra você, que automaticamente o resultado vai refletir positivamente na sua família, amigos, trabalho e em todos os círculos que você frequentar.
Bom pessoal espero que com este relato eu possa inspirar e colaborar para que você também possa ser uma pessoa mais saudável e mais feliz. Eu e meus dois novos amigos, a balança e o espelho vamos ficar torcendo pelo seu sucesso! Quando fui fazer os meus exames de revisão, que diga-se de passagem estavam ótimos, li em um jornal que estava no balcão lá no laboratório a seguinte frase: “Se você quer algo novo, mas não está vendo isso acontecer, veja se seus pensamentos permanecem antigos dentro de você “. Atualize seus pensamentos conecte-os com sua vontade e seja feliz!
Ótimo relato! Muito inspirador! Obrigada por compartilhar!
A querida amiga Silvia hoje é realmente uma outra pessoa !
Saindo mais de casa, participando mais na vida social e por fim, fazendo o melhor para ela!
Feliz seria a palavra ideal para ela. Feliz de verdade, por fora e por dentro. Afinal qualquer uma de nós mulheres merecemos ter a felicidade dentro dos nossos corações!
Parabéns por sua força Silvia!
Bjs