Recém-chegada, a primeira bioimpressora do Estado ajudará pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a desenvolverem tecidos – pele.
O equipamento do Laboratório de Pesquisa II do Instituto de Pesquisa com Células-tronco vai, inicialmente, trabalhar com a produção de pele, diz a professora Patricia Pranke, da Faculdade de Farmácia:
Embora pareça fina, a pele tem várias camadas de células. Então, não adianta fazer só o molde (como os feitos por impressoras 3D). Queremos produzir o molde, mas com célula, para regenerar a parte lesionada.
Patricia ilustra o processo:
Na bioimpressora, enquanto eu faço as camadas, já estou colocando células em todos “os andares”. Podemos dizer que uma impressora 3D imprime um “prédio”, enquanto a bioimpressora faz o prédio com pessoas, com vida.
Impressão 3D na medicina
A impressão 3D – tecnologia criada há três décadas para ser usada inicialmente na indústria automobilística – cada vez mais se aproxima da medicina. Se hoje as máquinas já ajudam na confecção de próteses personalizadas, na previsão de cirurgias delicadas e mesmo na criação de partes sintéticas do corpo humano, no futuro elas podem servir para a manufatura de grandes órgãos e mesmo para a criação de tecidos vivos. Para muitos, é nesses pequenos instrumentos que reside o futuro da saúde.
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