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Medicina

Xeroderma Pigmentoso: o que é, sintomas, causas e tratamento

Uma dúvida muito frequente sobre dermatologia: afinal o que é xeroderma?

XERODERMA PIGMENTOSO: Você pediu e trouxemos essa doença genética não contagiosa em pauta para você saber exatamente do que se trata.

Quem esclarece tudo e mais um pouco é o dermatologista Dr. Leandro Seerig.

Sim, ela não é contagiosa e pode afetar igualmente ambos os sexos. Antes que você pergunte, a sua principal característica é a extrema sensibilidade à radiação ultravioleta (presente nos raios solares). Afeta, portanto, as áreas do corpo mais expostas ao sol como a pele e os olhos. Em pessoas com esse problema, após exposição à luz solar surge um “defeito” no reparo do DNA, com possibilidade da pele formar câncer cutâneo.

Como assim? O Dr Leandro explica:

Basicamente a pele com genodermatose é incapaz de corrigir o dano que a radiação solar causa na pele, a mínima exposição solar do cotidiano é suficiente para causar alterações.

“Alguns indivíduos com essa enfermidade podem apresentar, também, envolvimento neurológico, mas é raro. As chances de desenvolver Xeroderma Pigmentoso são, segundo estatísticas norte-americanas e europeias, de 1 para 1 milhão. Portanto, uma afecção rara. Como é uma patologia hereditária, há transmissão genética para familiares”, ressalta.

Importante frisar, de novo: NÃO É UMA DOENÇA CONTAGIOSA

O XP não se contrai por meio de contato físico (pessoa-pessoa), nem mesmo por contato com secreções, aerossóis (espirros). Ou seja, quem tem a doença pode seguir com interação social, freqüentar ambientes públicos, mas claro, com extrema proteção solar.

SOBRE AS LESÕES PÓS-EXPOSIÇÃO À LUZ

As lesões decorrentes do XP ocorrem nas áreas expostas à luz solar e geralmente iniciam nos primeiros anos de vida. A pele, em indivíduo ainda criança, apresenta um número aumentado de sardas e manchas em confete esbranquiçadas.

Os olhos também possuem forte sensibilidade à luz, o dano solar, quando o paciente não se protege com roupas, chapéus, óculos escuros e filtro solar pode evoluir para lesões pré-malignas (Ceratosesactínicas) e malignas de pele (câncer da pele). Além disso, podem apresentar maior incidência de tumores sistêmicos, quando comparados com a população em geral.

O TRATAMENTO PARA A XP

A doença é tratada por meio da remoção de eventuais tumores e terapias tópicas com medicações apropriadas. No aspecto emocional, é importante que portadores da doença tenham amigos e sejam compreendidos, pois não devem se privar do convívio social. Com as devidas medidas de fotoproteção e prevenção, podem e devem participar de todas as atividades de suas comunidades.

Quanto a prognóstico, estima-se que menos de 40% das pessoas com essa enfermidade sobrevive além dos 20 anos de vida.

PREVENÇÃO

A prevenção dos danos causado pela doença, embora complexa, é possível. Para isso, deve se evitar a exposição solar. Recomenda-se:

– Proteção dos olhos com óculos apropriados (escuros e com filtro UV);
– Uso de fotoprotetores com alto fator de proteção solar, várias vezes durante o decorrer do dia;
– Proteção intensiva com roupas de manga longa e calças compridas, se possível com cores mais fortes.
– O uso de chapéu com abas é obrigatório para cobrir a maior área corpórea possível, também pode ser usado guarda-sol para caminhar na rua;
– Se possível mudar o “modo de vida”, procurando ocupações com atividade noturna (trabalho e estudo);
-Promover rigorosa vigilância em relação às formas pré-malignas e tumores de pele com a finalidade de tratamento precoce;
– Reposição via oral de vitamina D, quando necessário;
– Acompanhamento sistemático como precaução, de dermatologistas e cirurgiões dermatológicos para que possam precocemente tratar lesões cancerígenas em curso.

Gostou dessas informações, mas ainda tem dúvidas sobre esse ou outros problemas de pele ou cabelo?
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