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Medicina

Vacina para câncer de mama começa a ser testada

Vacina para evitar o câncer de mama, como assim? Leia para saber mais:

É isso mesmo! A doença que devasta milhares de famílias no mundo todo pode estar com os dias contados, mesmo que a jornada ainda seja longa, a ciência trilha um caminho de êxito nesse quesito. Importante citar que, tal estudo começou há décadas e já mostrou que o imunizante foi efetivo em animais.

Apesar dos tratamentos modernos, há cânceres de mama, o triplo negativo por exemplo, que não apresenta nenhum dos três receptores usados como “alvos” em terapias, por isso é o principal motivo dos testes para a vacina contra o câncer de mama.

MAIS SOBRE A VACINA

O estudo conduzido pelo imunologista Vicente Tuohy identificou um possível alvo neste tipo agressivo de câncer que não apresenta nem estrogênio, nem progesterona e nem a proteína HER2 (opções de receptores para tratamentos). Ou seja, não é suscetível à hormonioterapia ou terapia-alvo, mas Tuohy o testou como alvo no desenvolvimento da vacina.

Desta forma optou por focar na proteína alfa-lactoalbumina, produzida por boa parte dos carcinomas mamários enquanto, no corpo humano, é fabricado apenas quando a mulher amamenta.

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Com base nisso, foi criado um imunizante testado em camundongos – e os resultados foram animadores, mostraram resposta imune contra a doença (tanto em animais que já haviam passado pela lactação quanto nos que nunca tiveram a proteína alfa-lactoalbumina). Diante disso, o imunizante foi aperfeiçoado e nos últimos anos avaliado como seguro para testes em humanos.

SOBRE OS TESTES

Tom Budd, o oncologista que atua ao lado de Tuohy em depoimento para um podcast explicou que agora a ideia é avaliar se, em humanos, também há uma resposta imune, qual o nível desta resposta e ainda se, a princípio, ele age com segurança no corpo humano, sem provocar efeitos colareais.

Srão 3 doses da vacina em 24 mulheres diagnosticadas com este câncer nos últimos 3 anos, que estão estáveis e têm alto risco de reincidência. Após a imunização, elas serão acompanhadas por anos e por serem poucas, não bastarão para provar que a vacina é efetiva na prevenção do câncer (já que, para isso, é preciso um grupo maior e muito mais tempo de acompanhamento).

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UMA JORNADA LONGA, MAS NECESSÁRIA

Ainda que a jornada dos testes com esta vacina para o câncer de mama seja longa, os especialistas afirmam que, caso ela se prove efetiva, pode ter mais de um uso. Além de prevenir o câncer em pacientes com tendência a desenvolvê-lo, ela também poderá ser usada em pacientes que já tenham sido diagnosticadas e tratados de forma a incentivar o corpo a atacar células restantes.