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Desde 1992 todo bebê que nasce no Brasil tem o direito de realizar gratuitamente o popular e necessário: teste do pezinho. A testagem inclui a triagem neonatal que trata-se de exames preventivos para investigar diversas doenças. Além do teste do pezinho ainda há outros três: teste do olhinho, orelhinha e coraçãozinho.
Todos esses são capazes de diagnosticar uma gama extensa de problemas que, se detectada antecipadamente, tem mais possibilidades de tratamento.
Feito entre o 2º e 5º dia de nascimento
Esse é o momento exato de realizar o teste do pezinho que ocorre pela coleta de algumas gotinhas de sangue do calcanhar do bebê. O exame é feito nesse local porque nele estão presentes muitos vasos sanguíneos, facilitando assim o acesso ao sangue.
Cabe lembrar que a partir do 6º dia de vida o teste não é invalidado, mas a efetividade da análise pode ser reduzida.
Possíveis doenças diagnosticadas
Além disso, o teste ajuda a diagnosticar doenças metabólicas, genéticas e infecciosas capazes de afetar o desenvolvimento neuropsicomotor do recém-nascido, mas que não apresentam sintomas detectáveis. Com o teste do pezinho é possível promover o tratamento específico que permite diminuir ou eliminar lesões irreversíveis como deficiência mental, deficiências físicas e até mesmo evitar a morte.
Características das principais doenças detectáveis:
1 – Fenilcetonúria
Causada pela ausência ou redução da atividade de uma enzima responsável pela quebra da fenilalanina em tirosina (aminoácidos presentes no organismo). Ela provoca o acúmulo da fenilalanina no cérebro o que leva à deficiência mental. Com o teste do pezinho há o diagnóstico precoce e início do tratamento, ou seja, a possibilidade de cura.
2 – Hipotireoidismo congênito
Essa doença é decorrente da falta ou da redução do hormônio da tireoide, essencial para o desenvolvimento neurológico e extremamente importante para o desenvolvimento e o funcionamento de vários órgãos e do sistema nervoso central. Por isso, a falta dele pode ocasionar na deficiência neuropsicomotora, seguida de lesões neurológicas irreversíveis, além de outras modificações corporais.
3- Deficiência de biotinidase
Ela impede o organismo de aproveitar a vitamina biotina presente nos alimentos. Esta deficiência interfere no desenvolvimento intelectual da criança. Geralmente o problema se manifesta a partir da 7ª semana de vida e causa distúrbios cutâneos e neurológicos como:
Crises epilépticas, hipotonia (diminuição do tônus muscular e da força), microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomoto, alopecia (perda de pelos e/ou cabelos) e dermatite eczematoide.
Para as crianças que têm o diagnóstico tardio da doença, observam-se dificuldades motoras e de linguagem, além de distúrbios visuais e auditivos.
O tratamento normalmente é medicamentoso, por meio de doses diárias de biotina. Assim, ao detectar a doença no teste do pezinho e iniciar o tratamento é possível evitar os distúrbio mencionados acima
4 – Fibrose cística
A fibrose cística é uma doença crônica que atinge o sistema digestivo, o pâncreas e os pulmões, causando secreções pulmonares e má absorção intestinal. Além disso, há aumento da viscosidade do muco, obstruindo as vias aéreas e causando um quadro de infecções crônicas.
O tratamento recomendado para a fibrose cística está direcionado a um acompanhamento médico regular, com dieta específica, uso de enzimas pancreáticas, fisioterapia respiratória e suplementação vitamínica.
A doença apresenta taxas de mortalidade altas, mas, ao ser detectada no teste do pezinho, os riscos se reduzem
5 – Anemia falciforme
Doença causada por uma alteração na estrutura da molécula de hemoglobina, ela compromete o transporte de oxigênio provocando graves prejuízos a diferentes tecidos e órgãos. Os problemas acontecem porque os glóbulos vermelhos, ao serem expostos a certas condições, alteram sua forma e tornam-se mais parecidos com uma foice, por isso o nome falciforme. Assim, os glóbulos modificados unem-se uns aos outros, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos do corpo, podendo causar: dor e inchaço nas articulações, anemia, Amarelão e infecções.
Lembre-se: o teste do pezinho é preliminar e, ao aparecer suspeita de alguma doença, pode
haver necessidade de investigações mais aprofundadas. Converse sempre com o seu médico sobre os testes e os possíveis tratamentos para o seu bebê.
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