Praticamente todos nós já o fizemos, e mais que uma vez. Exames laboratoriais são nossos velhos conhecidos. Um conjunto de exames pedidos pelo médico, realizados num laboratório, e que vão confirmar ou ajudar a fazer o diagnóstico de alguma doença e detectar problemas de saúde em indivíduos sem sintomas. São também usados em check-ups de rotina para verificar se os valores estão dentro do normal ou do esperado, o que engloba orientações e conceitos de prevenção de doenças e promoção da saúde.
Aí entram os exames de sangue, que são exames laboratoriais que irão analisar amostras de sangue, especialmente importante, já que circula por todo o corpo. Ao analisar-se uma amostra de sangue poderá verificar-se se existe alguma alteração significativa sobre alguns aspectos. Ao recolher-se uma amostra de sangue pode-se saber se existe alguma doença ou desordem em qualquer local do nosso organismo. Por este motivo, os exames de sangue são os mais comuns e os mais utilizados.
Dentre os mais conhecidos e importantes temos o Hemograma que permite a avaliação da presença de anemia, infecções ou problemas relacionados ao número das plaquetas. A análise de glicemia reporta a dosagem dos níveis de açúcar no sangue, para diagnóstico da diabetes ou das hipoglicemias. Também é importante avaliar o perfil lipídico que nos permite saber a dosagem das gorduras circulantes, incluindo o colesterol total, HDL (conhecido como colesterol bom), LDL (ruim) e triglicérides. O PSA (antígeno prostático específico) é uma proteína, que irá ter os valores aumentados no sangue durante algumas doenças, tais como infecções ou cancro da próstata. A uréia e creatinina são muito importantes na avaliação da função renal. Assim como AST e ALT permitem diagnosticar sofrimento do fígado. Também temos o T4 livre e TSH que servem para verificar o funcionamento da tireoide, e dessa forma, diagnosticar e controlar doenças como o hipotireoidismo e hipertireoidismo.
Os exames preventivos estão a nossa disposição para nos manterem “um passo a frente da doença”. Em alguns casos, as pessoas têm a visão um tanto distorcida desses resultados com a impressão de que se os exames estiverem normais, elas estão saudáveis, e isso não é verdade. Se não for feito um raciocínio clínico com o acompanhamento médico e interpretação correta, o exame isolado também não faz o diagnóstico. No caso de algumas doenças de fundo emocional, como ansiedade e depressão, que não alteram exames laboratoriais, são necessárias outras estratégias para serem diagnosticadas.
É importante ressaltar que o acompanhamento médico regular é extremamente importante, mas que a manutenção da saúde depende principalmente de bons hábitos de vida. Hoje, a medicina dispõe de um grande arsenal para o diagnóstico precoce de uma série de doenças, entretanto estes se mostram inúteis, nos casos em que o indivíduo não toma consciência do seu papel para a garantia de uma vida mais saudável.
Litierri Razia – Farmacêutica e Mestre em ciências farmacêuticas
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