Uma das primeiras vontades que a futura mamãe tem é de ver como seu filho está tomando forma dentro da barriga. Para saciar essa expectativa, há alguns exames que são feitos por especialistas durante a gestação que exibem as formas do bebê e o mais importante, como vai a saúde dele.
Segundo a Dra. Fabiane Fleury Marczyk de Bem, a primeira ultrassonografia deve ser feita logo após a gravidez ter sido confirmada pelo exame de sangue (BHCG), a fim de visualizar a implantação do saco gestacional e a presença de embrião no seu interior com batimentos cardíacos. Desta forma, podemos descartar uma gestação anembrionaria e confirmar a vitalidade do embrião. Essa primeira ultrassonografia geralmente ocorre em torno de 6 a 8 semanas de idade gestacional. O exame deve ser feito por via transvaginal, um método que não apresenta nenhum risco para o bebê. O ultrassom feito precocemente também determina com grande precisão o tempo de gestação e a provável data do parto, podendo comparar se o tempo de atraso menstrual está de acordo com o tamanho do bebê.
O ultrassom do primeiro trimestre também define se a gestação é única ou múltipla, sendo que esta última necessita um acompanhamento mais de perto, devido ao maior risco de prematuridade e de baixo peso ao nascimento. Hoje a gestação múltipla é cada vez mais frequente, visto o crescente número de tratamentos para infertilidade e inseminações.
Ainda no final do primeiro trimestre, em torno de 11 a 14 semanas de gestação, deve ser feito o segundo exame ultrassonográfico, chamado de ultrassom morfológico do primeiro trimestre. Esse exame avalia a normalidade de algumas estruturas fetais como a presença do osso nasal, além de medir a translucência nucal, que indicará o risco de o bebê ter alguma anomalia cromossômica, sendo a mais comum delas a síndrome de Down.
Para um adequado acompanhamento pré-natal, o ideal seria realizar quatro ultrassonografias ao longo das 40 semanas de gestação (ou 9 meses) . Duas já foram abordadas e são exames de primeiro trimestre.
As outras duas são realizadas no segundo e terceiro trimestre respectivamente. O ultrassom morfológico de segundo trimestre é feito ente 20 e 24 semanas de gestação e compreende uma avaliação detalhada da anatomia fetal além do estudo da circulação fetal e uterina para estimar o risco de complicações na gravidez.
O ultrassom do terceiro trimestre preconiza a avaliação do crescimento fetal e deve ser realizado após 34 semanas de idade gestacional e também avalia a placenta e o líquido amniótico.
Em alguns casos de gestação de alto risco, o obstetra pode solicitar a realização de um maior número de exames de imagem, especialmente no final da gravidez.
Também é sabido que o sistema público de saúde brasileiro, e de muitos outros países, até mais desenvolvidos que o nosso, muitas vezes só disponibiliza dois exames de imagem durante a gravidez, sendo um no início e outro no final da gestação.
Hoje em dia também é cada vez mais comum a solicitação pelo obstetra de uma ecocardiografia fetal no segundo trimestre, em vista do crescente diagnóstico de problemas cardíacos ao nascimento.
A qualidade das imagens obtidas por aparelhos modernos de ultrassom em centros especializados são de ótima qualidade, o que permite uma análise bastante precisa da anatomia fetal e da evolução da gravidez. Hoje dispomos de imagens em 3D e 4D, que existem não só para obter belas imagens do bebê, mas para auxiliar na avaliação fetal como um todo.
A ultrassonografia também pode auxiliar na realização de alguns procedimentos invasivos como a amniocentese e a biópsia de vilo coriônico, ambos realizados no final do primeiro e começo do segundo trimestre e que servem para estudar a genética fetal.
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