As pessoas buscam a psicoterapia quando percebem que precisam o aliviar o nível das angústias e encontrar respostas para suas próprias interrogações e assim eliminar o que lhes causa desconforto.
Então, o paciente busca a psicoterapia supondo um saber no psicólogo, saber esse que resolverá suas questões. Nesse sentido, é muito comum que pense que o psicólogo, em poucas sessões lhe preencherá de respostas e caminhos. Para a surpresa do paciente, após expor sua gama de interrogações, a resposta que recebe do psicólogo, quase silenciosa, é algo em torno de um “fale-me mais sobre isso”.
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Clichê ou não, essa situação tão comum às primeiras sessões, demonstra que o saber do psicólogo reside, antes, na ESCUTA, do que no enunciar. O que quero dizer com isso? O psicólogo não trabalha com respostas prontas, receitas para o caminho da plenitude, inclusive porque o sentido da plenitude é singular, varia de pessoa para pessoa, afinal quando o que está em jogo é a subjetividade, não existem caminhos universais.
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Muitos desistem da psicoterapia por ter frustradas suas expectativas de respostas mágicas para os anseios da vida.Quando na realidade, é apenas pela via do próprio discurso, do pôr-se a falar, associar, elaborar, e, ressignificar que o paciente pode encontrar o caminho para suas respostas.
A função da psicoterapia
Ela permite que o paciente se reconheça em sua fala, em seu sintoma, que nomeie sua demanda, que se conecte verdadeiramente com sua história. Além de tudo isso, principalmente, que se responsabilize a respeito de sua movimentação frente a estes, tornando-se o autor desse processo. Ao psicólogo, não se trata de um “não falar”, mas, essencialmente, de escutar o que não foi dito, as entrelinhas, as rupturas, pontuando ao paciente o necessário para que este, enfim, se escute.
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