Várias são as condições físicas e emocionais associadas às disfunções sexuais femininas, cuja origem costuma ser multifatorial e multidimensional. Estes transtornos sexuais podem estar relacionados ao desejo, excitação, orgasmo e dor na relação (dispareunia). Em cada situação haverá uma abordagem diferente com um tratamento especifico conduzidos pelo seu ginecologista.
Durante a transição para a menopausa, por exemplo, ocorre importante redução do desejo sexual, da excitação, do orgasmo e da frequência sexual, além de menor lubrificação vaginal e com isso a presença da dispareunia.
As teorias mais aceitas na atualidade, a respeito do desejo sexual, sugerem que os fatores cognitivos representados pelos nossos pensamentos e fantasias tenha um efeito direto sobre a libido.
A ação hormonal do estrogênio e da testosterona é essencial para o interesse sexual feminino, enquanto a progesterona associa-se ao aumento da receptividade. Estes hormônios agem no nosso cérebro estimulando o desejo sexual, atenção e os comportamentos direcionados a estimulação sexual.
Uma vez que o comportamento sexual da mulher depende do contexto no qual ela vive e se relaciona é importante que seja avaliado sua saúde mental, sentimentos pelo parceiro, estado de humor, fatores psicológicos e clínicos que podem afetar o desejo.
Os estudos epidemiológicos e a própria vivencia do consultório, demonstram que mais mulheres do que homens queixam-se de diminuição da libido. Essa diferença entre os gêneros não esta completamente elucidada, mas embora as mulheres já tenham assumido papéis antes exclusivamente masculinos ainda são mais susceptíveis a normas culturais que inibem sua sexualidade.
Do ponto de vista do relacionamento, as mulheres esperam que a intimidade favoreça o contato sexual, enquanto eles utilizam essa atividade para aumentar sua intimidade. No Brasil, foi elaborado e validado um instrumento de avaliação da função e do desempenho sexual feminino através de um questionário que pode ser aplicado pelo seu ginecologista e assim fazer o diagnostico assessorado ou não de exames complementares. O tratamento dessa disfunção do desejo sexual hipoativo deve ser antes que evoluam para cronificação, prejudicando outros aspectos da vida da mulher, tais como relacionamento familiar e social, trabalho, autoimagem e autoestima.
Adicione Comentário