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Esporte e Saúde Vitale

Dor na sola dos pés? Cuidado!

dor na sola dos pés

Esta manhã você se pegou surpresa por conta de dores na sola dos pés? Saiba que essa é uma queixa bem comum e que leva muitas pessoas aos consultórios médicos em busca de ajuda. Em alguns casos a pessoa não consegue nem encostar o pé no chão, tamanho é o incômodo. Mas como surge esse problema? Como tratá-lo? Para isso, conversamos com a fisioterapeuta Graciele Portella, confira.

RV: Por que sentimos essa dor?
Graciele: A causa da dor pode estar relacionada com alguns fatores comuns que levam à inflamação da fáscia plantar, essa que é um tecido fibroso que se estende da base do osso calcâneo (calcanhar) por toda a planta do pé inserindo-se nos dedos. Os fatores de risco para este tipo de inflamação incluem: estresse prolongado, excesso de peso, aumento da carga dos exercícios, mudança no tipo de calçado, diminuição da flexão de tornozelo, aplainamento dos arcos plantares do pé, e formação de um osteófito conhecido como esporão de calcâneo. Geralmente, quem sofre dessa patologia, sente dor intensa ao dar os primeiros passos pela manhã. A fascite plantar está afetando a maioria das pessoas que estão envolvidas em esportes ou a trabalhos que exigem longos períodos em pé. Os estudos mais recentes afirmam que a fascite plantar não ocorre somente devido a processos inflamatórios, eles consideram a possibilidade de ser também uma alteração estrutural mais condizente com processos degenerativos.

RV: Quais as medidas para evitar esse problema?
Graciele: Sempre é melhor prevenir do que remediar, não é mesmo? Então vamos lá. Para prevenir a fascite é importante buscar uma boa qualidade de vida, ter um Índice de Massa Corpórea (IMC) dentro da normalidade, executar exercícios com acompanhamento de um bom profissional e usar calçados leves e confortáveis, ainda mais quando é necessário ficar longos períodos em pé.

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RV: Como amenizar a dor?
Graciele: Algumas medidas Para aliviar a dor da fascite plantar, existem meios simples, que realmente são eficazes e podem trazer bem estar espontâneo, como: realizar alongamentos lentos e mantidos; puxando a ponta do pé para si com a mão, durante 30 segundos; alongar a panturrilha; massagem local nos pés com um hidratante, óleo mineral ou até mesmo talco de boa qualidade. Preferir gelo ao calor e não ultrapassar 20 minutos de aplicação; congelar uma garrafa de água (600ml), na posição sentada, pisar em cima da garrafa, fazendo com que ela role, durante 1 minuto, repetindo 3 vezes e descanso 20 segundos entre uma sequência e outra. O uso com prescrição médica de anti-inflamatórios, aliado a outras terapias também é um opção. Há também o tratamento cirúrgico – fasciotomia plantar, transfusões de plasma, injeções de corticosteróides e terapia de onda de choque extracorpórea. Imobilização raramente é a melhor saída. Bom mesmo é fazer a readequação das práticas e buscar o melhor tratamento, com um bom profissional, para o caso específico, pois a manifestação da fascite plantar pode variar muito de uma pessoa à outra, ora que a causa dela é multifatorial.

RV: Faço atividades físicas, como ficam meus treinos?
Graciele: Os treinos não precisam parar! Porém, faz-se necessário readaptar a prática esportiva; alongar os músculos da panturrilha antes e após a corrida; corrigir as alterações nos casos de pé chato ou cavo e a hiperpronação (excessiva rotação do pé de dentro para fora); readequar o calçado para obter maior amortecimento e suporte; usar palmilhas, prescritas por um fisioterapeuta ou médico especialista, pode ser uma das formas mais eficazes de ajustar as alterações biomecânicas, causadoras da fascite plantar. Realizar alongamentos da fáscia através da liberação miofascial, também pode ajudar no processo de analgesia ou prevenir a piora do quadro.