Durante o ano todo a indicação é que 2 litros de água sejam ingeridos por dia, mas no verão esses cuidados devem ser redobrados, pois a perda de líquidos pela transpiração é muito maior. Existem estruturas no nosso corpo chamadas de osmorreceptores, que recebem o estímulo da sede quando nosso corpo sente a falta de água. Mas com o passar dos anos, este mecanismo de controle térmico acaba sofrendo alterações. Segundo Olga de Souza, Médica Cardiologista Presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, “O idoso acaba sentido menos sede e ficando mais desidratado”.
Outro ponto que pode agravar os riscos de desidratação é que à medida que o indivíduo envelhece, ele também perde massa muscular e gordurosa. Com isso, de acordo com a médica, o nível de líquido no organismo começa a diminuir. “Um adulto tem em média 70% de água corporal. Já o idoso tem aproximadamente 50%”, afirma Olga. Essas alterações naturais do corpo aliadas ao calor e umidade do Verão, acabam fazendo com que o idoso acabe se desidratando muito mais.
Os sintomas de desidratação podem começar com sede extrema, preguiça extrema ou sonolência em bebês e crianças, irritabilidade e confusão em adultos, boca, pele e membranas mucosas muito secas, pouca ou nenhuma micção – toda a urina que é produzida será mais escura do que o normal, olhos fundos, pele seca e murcha, sem elasticidade, em bebês lactentes, fontanelas afundadas, pressão arterial baixa, batimento cardíaco rápido, respiração rápida, sem lágrimas ao chorar, febre, nos casos mais graves, delírio ou inconsciência.
Para evitar esse quadro, é importante entender que atitudes simples como tomar um copo de água a cada duas horas podem fazer muita diferença na sua saúde. A recomendação da médica é beber dois litros de água diariamente, mesmo que não se sinta sede.
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